Lembrando Castro Alves. Os Escravos.

E como amanhã será um novo dia,sem escravos,aqueles escravos de outrora,porque hoje os escravos continuam,os negreiros são outros mas existem,aqui vos deixo um triste poema de Castro Alves.O poeta dos escravos.

////// Escravos.

A mãe do cativo

Ó mãe do cativo! que alegre balanças

A rede que ataste nos galhos da selva!

Melhor tu farias se à pobre criança

Cavasses a cova por baixo da relva.

Ó mãe do cativo! que fias à noite

As roupas do filho na choça da palha!

Melhor tu farias se ao pobre pequeno

Tecesses o pano da branca mortalha.

Misérrima! E ensinas ao triste menino

Que existem virtudes e crimes no mundo

E ensinas ao filho que seja brioso,

Que evite dos vícios o abismo profundo ...

E louca, sacodes nesta alma, inda em trevas,

O raio da espr'ança... Cruel ironia!

E ao pássaro mandas voar no infinito,

Enquanto que o prende cadeia sombria! ...

Quo Vadis e Poema de Castro Alves/ meu apenas a introdução
Enviado por Quo Vadis em 30/09/2020
Reeditado em 30/09/2020
Código do texto: T7076231
Classificação de conteúdo: seguro