Veio de novo a primavera e ainda não morri. Tudo é tão igual que se tivesse morrido, as flores teriam florido da mesma maneira e, as árvores teriam o mesmo verde, como versou o poeta heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caieiro algum dia. Ele disse que a realidade não precisa de mim. De fato não precisa e, sendo assim, tudo está certo. Então a primavera também não precisa de mim. Eu sim preciso dela, porque ela me dá a certeza de que tudo se renova, de que o mundo não é só preto e branco. Eu preciso da primavera porque é a única que trás de volta a menina que amava margaridas amarelas e que as colhia nos verdes campos de sua infância. Por isso quer saber? Hoje vou me vestir de amarelo, o amarelo das minhas antigas margaridas. E elas, as margaridas? Ah! Estão aqui bem dentro de mim, de minha primavera. Mas faço questão também que se espalhem por meu lenço e me abracem o pescoço...
Olá queridos amigos recantistas, feliz primavera a todos. Forçando um sorriso aqui, outro ali, venho aqui para saudá-los nessa primavera. Ainda sinto-me enlutada por meu pai que partou há quase 5 meses. Queria ter escrito um poema hoje, mas quem disse que dei conta. Dei não. Mas sei que em qualquer momento a inspiração volta. No momento não dá ainda. A imagem sou eu hoje para ir a missa e o fundo eu fiz a montagem com uma foto lá da roça. O mesmo lugar onde eu colhia margaridas quando criança. Nossa como tinha margaridas amarelas por ali. Rasteiras, de talhe alto.Elas sofriam comigo, porque eu ficava doida e queria colher elas todas e levar para mamãe. Hoje já não tem mais margaridas, salvo uma aqui, outra acolá, daquelas rasteiras e tão tímidas. enfim, tudo na vida vai passando. já não tenho papai nem mamãe. sinto-me tão vazia, mas o tempo há de dar um jeito nisso porque amo a vida e amo escrever poemas. ainda bem que Deus está sempre comigo. Deus no comando sempre. Boa atrde e um buquê de margaridas amarelas a todos. Até mais...