O PASSARINHO

HOJE É O DIA EM QUE FIQUEI SEM O MEU BICHINHO.

"Esta história começa muito feliz, porém ao final ela é triste. Num belo dia de maio, em minha casa, onde tem um pé de coqueiro, pela manhã, avistei um bichinho voando bem baixinho e com um problema nas asinhas, acho que se machucou ao cair do ninho. Ele estava bem novinho, não conseguia voar alto. Nós pegamos e começamos a criá-lo dentro de casa. No começo vivia dentro de uma caixa de sapatos. Nós o acomodamos muito bem, dormia sempre dentro dessa caixinha. Era o xodó da casa.

Acho que era de uma espécie e rolinha, daquela roxa. Vivia pela casa voando o tempo todo, porém nós não o soltamos, porque, entendíamos que poderia sentir falta do seu conforto e morrer de sede e frio. Era o que trazia uma coisa a mais para todos nós. assistíamos TV com ele nos ombros, em cima dos pés, na mão e assim por diante.

Ele não saia do local onde comia. Comia um pouco voava e de repente lá estava ele comendo seu alpiste. Certo dia levei-o para perto da janela onde avista o coqueiro onde ele se criou e o interessante é que seus olhinhos arredondados não saiam daquele pé de coqueiro, parece que ali o atraia muito.

Hoje, justamente hoje, 14 de julho, por volta das 7.00 horas, quando o tirei de sua caixinha, dei-lhe água, ele bebeu muito, alongou sua asinhas como sempre fazia, alongou as perninhas e pronto.

Não sei porque, mas, eu levei-o para comer sua ração. Pouco mais de dez minutos depois, quando eu preparava o café da manhã, e ao andar em direção à mesa, não pude perceber que o "bichinho" estava debaixo da mesa. Acabei pisoteando-o.

Acordei a casa toda, e foi um desespero. Minha esposa, quase se acaba de chorar, gostava muito desse passarinho. 20 minutos depois, ele morreu em minhas maõs, fechando os olhos. Chorei muito, pois, nós aprendemos a gostar desse pequeno "bichinho"

Todos os dias, quando queríamos saber onde ele estava, era só falar alto, (cadê meu bichinho) ele respondia com seu canto.Não estou conseguindo redigir isto. Acabou de acontecer a morte do meu bichinho. Não consigo entender isto. Eu o salvei, talvez das garras de um gato e no entanto acabei matando-o acidentalmente.

Hoje, vou fazer o seu funeral, quer dizer vou enterrá-lo no meu quintal. Vai ser muito triste sem ele. Mas, não posso fazer mais nada.

Animal de estimação é assim: Ele vem, faz todo mundo feliz, mas, um dia ele tem que se ausentar. E aí meu amigo é difícil.

Voe em paz " Passarinho"

MEU PASSARINHO

“BICHINHO”

Quando te encontrei numa manhã de maio de 2006, você estava voando baixo rente ao chão, como se estivesse fugindo de alguma coisa. Mas, você tentava voar e não conseguia, então eu o apanhei em minhas mãos e trouxe para dentro de casa. Estava ainda quase sem penas, era muito novinho, talvez tinhas uns 45 dias de vida.

Cuidamos de você o máximo que foi possível. Tratamos como se trata uma criança. Damos comidas no bico, pois no início gostava de comer feijão cozido amassado. Atualmente comia uma ração “painco”( era a sua comidinha preferida).

Estava sendo o xodó da casa e vivia de mão em mão. Dia 13 de julho, ficou até 00:00 horas acordado e às vezes dormindo em meu ombro e bem de pertinho fazendo aquele barulhinho peculiar. Era a nossa distração. Talvez, nós tenhamos cometido algum erro em mantê-lo dentro de casa, pois, os pássaros precisam voar e este era o que tinha que ser feito, eles nasceram para voar. Hoje , 14 de julho de 2006, 7:00 da manhã eu preparava o café da manhã, lembrei-me do “Bichinho”. Tirei-o de sua caixinha onde dormia e dei-lhe água ele bebeu e em seguida subia pro alto da caixa e começava a se alongar, levantava as asas para cima as pernas para trás, as asas novamente para cima e a outra perna para trás. E ,10 minutos depois, como ele andava muito pelo chão catando coisas, aconteceu o fatídico infortúnio, o “bichinho” foi pisoteado por mim, sem que eu pudesse vê-lo no chão.

Ele se machucou bastante e até saiu um pouco de sangue.

Vale lembrar, eu não tive culpa. Ele ficava sempre no chão e a qualquer momento isso poderia lhe acontecer. Ficamos muito tristes, até choramos por causa disso, foi um desespero.

Foi-se o passarinho, ficou sua lembrança. Ele que voava muito pela casa, jamais teve contato com outros passarinhos. Sua vida foi curta. Mas, nos encheu de alegria. Todos adoravam ele. Como já disse, era de mão em mão o tempo todo. Era mimado o tempo todo. Às vezes me sinto culpado pelo que aconteceu com ele.

Logo de manhã, agente abria a sua casinha, dava água no bico. Especialmente nesse 14 de julho de 2006, abri a sua caixinha e chamei pelo nome de bichinho, ele respondeu, dei-lhe água e depois o coloquei para comer a ração. Só que, como ele andava muito pela casa, às vezes, sem perceber, quase que a gente pisava sobre o mesmo. Aconteceram várias vezes. Mas dessa vez teve que ser comigo e acidentalmente pisei nele e uns 10 a 15 minutos depois ele fechou os olhinhos devagar e morreu em minhas mãos. Não contive as lágrimas e chorei muito, como todos de casa também choraram.

Lá está ele, junto ao pé de goiaba, onde o enterrei , juntamente com a sua caixinha. Onde obeservo sempre todas as manhãs.

Jonh...14-07-2006