Ante o altar de Deus

Ser pai é ser meio mãe, sem gozações...
É amar sem restrições o pequenino,
Ser pai é preservar novas gerações,
em corações, frutos muito queridos...

Ser pai durão dói mais no pai do que se supõe...
Ser pai é brincar com o filho, mesmo sofrido...
É ampará-lo nas suas conclusões;
é ser feliz ao escutar "meu pai" tão expressivo...

Ser pai é mais... E tem lá suas razões...
É ser amigo, ser exemplo, ser bem-vindo...
A vida tem já muitas restrições...
Mas os filhos acham tudo muito colorido.

Se o pai acha que já fez o mais...é ilusão!
Fatos novos são acrescidos, os mais descabidos.
Ser pai é mover espinhos, com razões,
respeitar seus atalhos, mesmo os doloridos...

Os filhos crescem, sem outras pretensões;
são crianças, jovens, adultos bem sucedidos...
Mas hoje, eu, ex-braço forte, com limitações,
me resta curtir nos netos, os meus filhos queridos...

(Ofereço aos meus queridos netos Luís Fernando,
Aléxia, Rafael, Gabriela; às netas de coração Amanda e Juliana e aos filhos amados: meus Liginhos e Eduardinhos, os que vivi e os que nem vi)