Favela
Canudos deixou herança, hoje maldita?
Numa euforbiácea coroada de espinhos
Inconsequentes desde aquela idade
Devemos terreno que ainda é cobrado
Ouviram o samba ser diminuído
Sobra bala e cartucho ao aguerrido
Com promessas de jardim florido
Ouve-se quando entra nele, o brado
Locupleta a vida na cidade
Utente da terra, tem novéis vizinhos
Solução para imbróglio, será desdita
Quero aqui declarar a minha revolta
Último soldado a dar tiro em Canudos
Nele existe água de coco para doente?
Revejo a milícia a dar recado
Corre o marginal com seu fuzil
Instauram inquérito..puta que os pariu
Facho de laser, aparece mais de mil
Olha o chumbo grosso, fica perfilado
Lidera revolta o professor, o lente
Impera esses versos, em mão de macanudo
Sou inocente, Satã uma praga solta