ATRIZ ANTÔNIA MARZULLO 7
Abaixo, o comentário do jornal A Batalha, p. 4, Rio de Janeiro, sexta-feira, 4 de novembro de 1938, a respeito da peça “O cantor da cidade”:
“Teatro
Uma encantadora peça de costumes cariocas, de Freire Júnior, é o cartaz mais interessante da cidade.
Freire Júnior, o festejado autor de tantos êxitos no nosso teatro popular, acaba de fazer uma opereta de costumes populares cariocas, a qual deu o nome sugestivo de ‘O cantor da cidade’, e que está sendo representada com enorme sucesso no tradicional Teatro Recreio, da Empresa Pinto, há vários dias. Trata-se de um espetáculo encantador, não só pela música, toda ela deliciosa, e de autoria de Cabral (1), Vasseur e Christobal, como também pelo desemprenho que lhe vem dando o elenco, onde está esse extraordinário ator que é Oscarito, o cômico nº 1 do Brasil, Lindomar Lima, uma cantora de renome, e o jovem e vitorioso cantor Leo Albano, Eva (2), Margot (3), Antonietta Mattos, Antônia marzullo, Helena Halike e Edith Coelho, nas mulheres, e Pedro Dias, Manuel Vieira, Estêvão Mattos, Armando Nascimento, Carlos Lisboa, Odilon, entre outros”.
Sobre o texto acima, penso que autor se refere a: (1) ao maestro Jerônimo Cabral, que morreu tragicamente na Praça Tiradentes, quando, ao tentar pegar um bonde, escorregou, caindo entre suas rodas, (2) Eva Todor, esposa de Luís Iglésias, e (3) Margot Louro, esposa de Oscarito, nome artístico de Oscar Lorenzo Jacinto de La Inmaculada Concepción Tereza Díaz.
Fragmento do livro “Antônia Marzullo, uma atriz que falava com os olhos”, de Nelson Marzullo Tangerini.