ATRIZ ANTÔNIA MARZULLO 5
Um texto muito mal escrito, publicado, na p. 4 do jornal A Batalha, no dia 12 de março de 1937, tenta noticiar a presença do espetáculo no Teatro Carlos Gomes:
“ESPETÁCULOS
A estreia de Alda Garrido, com ‘Sinhô do Bonfim’, hoje, no Teatro Carlos Gomes:
Esta noite, às 20 e 22 horas, a população carioca vai satisfazer, enfim, sua curiosidade e justificado interesse, pela estreia esperadíssima de Alda Garrido e sua companhia no Teatro Carlos Gomes.
Como está divulgadíssimo, a apresentação de Alda Garrido e seu numeroso elenco no teatro da Empresa Paschoal Segretto – onde realizará espetáculos por sessões, ao preço de de quatro mil Réis a poltrona, havendo, ainda, aos sábados, como já amanhã, ‘matinées’ a preços reduzidos – será feita com as duas representações de ‘Sinhô do Bonfim’, burleta – revista de Paulo Orlando, dividida em dois atos e 30 quadros.
O novo original do escritor festejado, que ainda, recentemente, ocupou o cartaz do Carlos Gomes, como co-autor da opereta ‘Lili’, é uma peça espirituosa, de enredo simples e interessante e ornada de charges às atualidades nacionais; atualidades políticas, inclusive.
Alda Garrido criará o papel da protagonista ‘Erotilde’, uma figura curiosa, simpaticíssima na interpretação da ilustre e querida vedete. Toda a companhia, Danilo de Oliveira, Augusto Aníbal, Noêmia Soares, Antônia Marzullo, Ferreira Leite e Emma D´Ávila, à frente, toma parte no desemprenho de ‘Sinho do Bonfim’, que recebeu cenários e guarda-roupa novos e caprichosos. Para amanhã, às 10 horas, que se realiza a primeira ‘matinée’, a preços reduzidos, já estão à venda os bilhetes”.
Fragmento do livro “Antônia Marzullo, uma atriz que falava com os olhos”, de Nelson Marzullo Tangerini, neto da atriz.