HOMENAGEM AO MEU MANO EDGAR CUNHA JÚNIOR, O MEU "udo"

Hoje faz dois dias que partiste, porém é um breve intervalo, quando vieram dizer que já não estavas mais entre nós, o único pensamento que veio à minha cabeça foi a nossa mãe e você criança ainda, nossa infância, muitas lembranças afloraram em mim, nós éramos seis e hoje somos eu e o Beto, o nosso caçulinha, eu penso que o céu está em festa, você chegou lá, está ao lado dos três que nos precederam, e foste levado quando havia sentido uma alegria imensa por conta do novo rim a pouco transplantado e de repente vem lá esse vírus desconhecido e interfere na boa evolução do processo de transplante, o mundo aqui está numa revolução tremenda contra algo que nem mesmo sabemos como lidar, a medicina peleja, luta porém tem sido em vão, algumas batalhas ganhas, muitas perdidas e outras em recuperação, esperança de restabelecimentos da saúde para muitos. Mas, sobre este episódio da terra vou falar outra hora, eu quero aqui é falar sobre você! Um irmão do meio ímpar, alegre e as vezes de pouco falar de muitas monossílabas para responder, mas de um coração gigante e aberto, acolhedor e sem medir esforços para com qualquer pessoa que necessitava de um ombro amigo, tenho a certeza que um número grande de pessoas sabem que realmente foi assim, muito compenetrado em tudo que fazia, organizado e previdente, na vida profissional foi cuidadoso, fiel, ético e um trabalhador que angariou muitos amigos que permaneceram fiéis e leais ao longo da sua trajetória. Deus concedeu a você uma companheira também trabalhadora e auxiliadora em todos os aspectos e juntos, compartilharam 45 anos de convivência conjugal, um marco para poucos em tempos atuais quase não se vê isso. Outra observação é que nossa mãe também ensinou-nos a ser irmãos unidos e auxiliadores uns dos outros, e até nisto, fostes digno e cumpridor, um irmão exemplo e muito amado, eu e o Beto temos um imenso orgulho de você nosso "querido gordo", nosso "JR" e meu "Udo", quando era pequena te chamava de udo porque não sabia falar júnior ainda, o Luiz Henrique era o meu "Ique" e o nosso Beto o "Tuta" e nós três como os mais velhos, sempre procurávamos protegê-lo e mimá-lo, assim foi nossa infância, eu amo muito a minha família origem, agradeço a Deus ter nascida nesta família e ter participado desses 67 anos 7 meses e 23 dias da sua vida, obrigado por ter sido meu irmão do meio, obrigado por tudo sempre! O Miguel disse: "Não chora vovó, o tio está com o papai do céu, o tio é uma estrelinha, ele está bem agora, não chora vovó! Uma criança de 6 anos consolando-me e dizendo que estavas bem, sinto que estás mesmo bem e logo logo a gente volta a se encontrar e a todos que estão com você agora! Tenho muitas histórias para contar sobre as nossas peripécias infantis e juvenis, em outra oportunidade vou relembrar mais estes tempos felizes, as vezes fico a pensar neles porque os dias atuais estão sombrios, pesados e, viajar em boas lembranças nos faz tirar suspiros saudosos e sorrisos que nos fortalecem e afastam das notícias difíceis desse tempo. Tenho muito orgulho de todos, dos Freitas Cunha, dos éramos seis, amo muitíssimo todos vocês! Um carinhoso e afetuoso abraço e Shalom! Que a graça, amor e misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo conforte os corações da sua Luzia, do Luciano, da Elaine, do Rogério e da Jady. Shalom.

De Vera
Enviado por De Vera em 25/06/2020
Reeditado em 13/09/2022
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