Mãe
Mãe
Seria somente ela
Que poderia servir como câmara
Para o filho
À disposição
Da Criação
Dos seres
A serem Gerados
Passivo sem causa
Seria somente Ela
A escolhida por Deus
Meticulosamente projetada
Por Ele
Para servir de arcabouço
Não seria na Trindade
No seu aspecto externo
Mas interno
Calada
Cumpriria
A vontade do Pai
Ventre
Doando amor
Energia incessante
Serviria à Grande Obra
Não atuaria na vontade
Do Pai
Nem se adiantaria
Na do Filho e do Espírito Santo
Estaria sempre lá
Lugar Sagrado
Sacramentado Por Deus
Atuando como mãe
Do homem
E da mulher
Da natureza
Do forte e do fraco
Do bandido e do santo
Do monge e do sacerdote
Do pagão e do celibatário
Dos reis e dos escravos
Das Rainhas e das plebeias
Dos mancos e dos inválidos
Dos Ébrios e dos desvalidos
Dos Indigentes e sem documentos
Acolhendo no choro
No arrependimento
Interpelando a Deus
Pelo que se perdeu
Mantém-se sempre lá
Sendo a câmara
Sagrada
Colo que afaga
Nas angústias
Da vida
Pronta para festejar
Nas vitórias do Filho
Mãe
Mãe da Terra!
Dos homem que nela pisam
Sabedoria Sagrada!
Tende piedade de nós
O Povo geme!
Clemência!
Afinal
Antes que Deus Criasse Tudo
Tu!
Estava ao lado Dele
Sabedoria Divina!
Tende piedade de nós!
Tu!
Conhece a cabeça do Pai!
Bendito seja o ventre
Que gera o Homem e a Mulher
E a Alma de cada um Deles!
Amém!