Á Tamires
À Tamires,
Quando você se torna uma versão diferente aos meus olhos, percebo que talvez minha visão de você estivesse distorcida, incompleta. Apenas enxergava em você o que queria ver, como se o amor fosse cego. No entanto, afirmo com absoluta certeza que nunca te amei. Experimentei por ti um prazer passageiro, talvez semelhante ao que os leões sentem ao devorar sua presa. Após saciar-me de tua presença, de tua essência, te libertei, deixando-te reconstruir-te aos poucos. Mesmo assim, você continuava sendo você.
Meus beijos eram o bastante para ti,
Nutriram teu ego
Te libertaram da prisão do matrimônio.