DIA DO CALÇÃO

DIA DO CALÇÃO

Vlademir de Jesus Fernandes, nascido aos 11 de dezembro de 1958, em Santo André, estado de São Paulo, Brasil, formado em Ciências e Matemática, pós-graduado em Gestão de Produção, envolvido e comprometido com o Setor de Vestuário há 36 anos, se indignou ao pesquisar e concluir que não existe ainda o DIA DO CALÇÃO e resolveu através de estudo realizado possibilitar essa condição, homenageando esse produto muito consumido principalmente no Brasil, dando-lhe um dia para celebração.

Matão é uma cidade no interior de São Paulo, distante 300 quilômetros da capital, que em 1970 contava com uma população urbana de 14.021 pessoas tendo no total do munícipio 21.953 pessoas, conforme censo publicado no Wikipédia.

Foi escolhida a cidade de Matão pelo Senhor LORENZO BEGGIO, para realizar seus sonhos. Lorenzo ainda novo, veio da Itália, de Orgiano, perto de Veneza, Norte da Itália.

Filho de uma família muito pobre morava com os pais e três irmãs, ainda menino quando estourou a segunda guerra mundial de 1939 a 1945.

Como a Itália fazia parte do eixo junto com Japão e Alemanha foram bombardeados pelos aliados.

A Itália sofreu demais com a segunda guerra, houve muita miséria e a família Béggio chegou a passar fome, Lorenzo queimava toda a barriga para buscar abóbora que os fazendeiros cozinhavam para os porcos e gados, levando para seus pais e irmãs comerem. Toda a Europa devastada, assim como a sua cidade, Lorenzo decide morar em Milão.

Já em Milão Lorenzo foi trabalhar em uma empresa de alumínio, que devido à crise da época essa empresa fechou e o proprietário se mudou para o Uruguai.

Como o dono da empresa de alumínio gostava muito do Lorenzo, o considerava um bom funcionário, mandou um telegrama o convidando para ir trabalhar no Uruguai, mandando uma passagem de navio. Lorenzo não pensou duas vezes, aceitou e viajou, durante 21 dias até Santos, litoral paulista, no Brasil.

Depois de dois anos de trabalho no Uruguai, Lorenzo quer mais, planeja então se mudar para o Brasil, onde já tinha alguns contatos, mais precisamente na cidade de Dobrada, interior de São Paulo.

Foi em Dobrada que Lorenzo conheceu a Júbiça e se casaram. A Dona Júbiça era filha de Lino Trevisan, que fazia caixão de defuntos e rodas de carroças, homenageado com nome de uma Avenida na cidade de Matão, São Paulo.

Júbiça Trevisan, uma entre tantos filhos do Senhor Lino Trevisan, teve a oportunidade de estudar Corte e Costura em Marília, interior de São Paulo, acomodada na casa de seu Tio Aurélio.

Voltando de Marília começou a trabalhar com Corte e Costura atendendo pedidos de roupas sociais e vestidos de noivas.

O casal Lorenzo e Júbiça se mudou para Matão, onde ela continuou praticando seu ofício de costureira, enquanto Lorenzo e seu cunhado Dalminio, irmão da Júbiça, tiveram vários empreendimentos, tiveram caminhão para transporte de cana de açúcar para as usinas, nessa região a produção de cana de açúcar é bastante expressiva.

Também Lorenzo e Dalminio empreenderam numa pedreira entre Matão e Dobrada.

A dupla Lorenzo e Dalminio, também empreenderam em hotel, onde atualmente é o Banco do Brasil, em Matão.

Depois de vários empreendimentos com Dalminio, Lorenzo tenta um trabalho solo, experimenta vender doce na nossa região.

Até que surge uma nova oportunidade, Lorenzo com outros três sócios fundam a Troféu, uma fábrica de bolas esportivas com razão social de BEGGIO & CIA LTDA. Por ser uma empresa de pequeno porte depender apenas do pró labore não satisfazia suas necessidades, fato que o levou a atuar como representante comercial no interior do estado de São Paulo, vendendo seus produtos. Lorenzo farejou uma carência de mercado em termos de calção, que na época (1970-1973) era um cuecão tipo samba canção.

Ao retornar para casa conversou com sua esposa Júbiça o que havia detectado e que juntos poderiam explorar essa oportunidade, complementando sua mala de produtos além das bolas e chuteiras, o calção.

Abraçaram o desafio e comunicaram aos clientes apresentando mostruário dos calções. Os clientes não acreditavam que seria possível manter aquele padrão de qualidade em escala industrial, com o tempo o mercado reconheceu oferecendo o título de “O MELHOR CALÇÃO DO BRASIL”.

Isso ocorreu em 06 de junho de 1973, numa quarta-feira, embora a data oficial do registro dada a burocracia existente se deu só em 26 de junho de 1973, numa terça-feira.

Vamos considerar o dia do nascimento do CALÇÃO que se deu em 06/junho e celebrar todo ano nesse dia esse momento único, o dia que o CALÇÃO nasceu.

Vlademir de Jesus Fernandes

31 de março de 2020