Ode ao encontro com as forças de Oya
À primeira vista, corações que palpitam nas peles negras arrepiadas num encontro que os anjos marcaram
Zelamos pelo destino despertado pelo desconhecido e as turvas madrugadas são clareadas por apenas
Uma lembrança dos olhares que se cruzaram ao entardecer sonhando com o novo crepúsculo sempre iminente
Oya, vento do meu amor, senhora do entardecer rosado, me apresentou a poesia materializada na figura humana
Sua presença transcende a paz como o orvalho nas folhas que se alegram com o horizonte ao alvorecer
Axé é o chão que pisamos e em tudo reflete o outono das folhas aromáticas que caem para banhar nossos corpos
Zambi, por isso, no outono, presenteou a terra com a eterna primavera personificada num corpo escultural
Iansa, divindade dos ventos, cuidou em espalhar as pétalas das flores expelidas pelo seu sorriso, que viajam impávidas
Ai! Como quisera eu não mais despertar das loucuras dos meus sonhos que faço eterno o momento desse encontro
Kitwana nutre a minha ousadia que produz os matizes de um sentimento que não para de gestar a esperança.