Minha Lua
Quando aquela linda menina magricela, de olhos esverdeados e de belos cachos dourados olhou para mim e fez-me uma pergunta, vislumbrei em seus olhos um afeto, um laço, sei lá... Algo do tipo: essa menina é minha filha, pensei.
Sinto que ela me trata de maneira diferente, fala comigo com uma leveza de quem me conhece há tempo. Nosso primeiro encontro foi na escola, na turma do 8º ano. O tempo foi passando e ficamos cada vez mais próximas. Saímos juntas, conversamos muito, desabafamos; eu reclamo muito com ela. Já briguei, reclamei pesado, estressei-me e estresso-me com seus atrasos..., mas sempre a respeitei.
Lua é uma companhia agradável. Veja só, até saudade sinto dela. Fico preocupada com seu futuro e seu presente, presente tempo e presente: roupa, sapato, viagem, mochila etc. Ops! Isso é coisa de mãe. Penso então que Lua é minha filha.