EXORTAÇÃO A UM POETA

Ah, meu amigo poeta, como bendigo tua Lira!

Causa-me inveja ouvir tua cítara dourada;

nas colunas de Carraro cantas tua amada

que desfeita em gozos de poesia etérica, suspira.

Quando escreves deixas cofres de alabastro,

valiosas estatuetas, raridades singulares

e em cada verso a beleza vai deixando um rastro,

humilhando igníferos rubis e diamantes seculares.

Esse louvor imortal que o verso teu revela,

queria que pudesse o mundo trazer abençoado;

será que ninguém ouvirá, contrito, minha querela?

Deem a esse Menestrel o aplauso merecido;

não deverá ser, por fim, recompensado?

Ou será que, como Cristo, ainda é um incompreendido?

Ao amigo e Poeta J.P.NOBRE

(Marinhante, no Recanto das Letras)

Chaplin

o

Chaplin
Enviado por Chaplin em 10/10/2007
Reeditado em 12/10/2007
Código do texto: T688774