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DOS JORNALISTAS
WLADIR DUPONT
(São Paulo/SP, 1938 – São Paulo/SP, 2 junho de 2014)
Wladir Dupont nasceu em São Paulo (SP), em 1938.
Iniciou a carreira jornalística como repórter em 1959, no Jornal do Brás e no jornal O Tempo. Depois, foi para a revista Visão onde permaneceu até 1968 como repórter e redator. Entre 1963 e 1964, ganhou uma bolsa de estudos do World Press Institute, no Macalester College, Minnesota (EUA). De 1965 a 1967 esteve no México para montar a sucursal local da revista brasileira especializada Médico Moderno, período em que acumulou a função de correspondente da revista Visão.
De volta ao Brasil, foi trabalhar na Folha de S.Paulo como redator e editor de Cidades. Depois, assumiu a chefia do departamento de imprensa da Ford-Willys do Brasil. De 1975 a 1980 foi para a revista Veja como editor assistente e, meses depois, considerando a sua experiência anterior no México, a revista mandou-o para lá como correspondente. Cobriu então os quatro anos finais da revolução sandinista na Nicarágua, ocasião em que escreveu quatro capas para a revista. Depois da passagem pela América Central, a revista enviou-o a Portugal como correspondente, onde permaneceu durante um ano.
Quando regressou ao Brasil, em 1980, foi editor de livros da revista Veja até que se transferiu para a revista Playboy e, depois, Nova, também como editor de livros. Em 1982, foi assessor de imprensa do então secretário da Justiça, José Carlos Dias. Em 1985 foi para o jornal Folha da Tarde, onde trabalhou até 1989 como repórter de Cultura e colunista de Propaganda.
Paralelamente, em janeiro de 1980, fundou a Wladir Dupont Comunicações, empresa do ramo de traduções do inglês para o português e do espanhol para o português, além de elaborar livros empresariais. Como escritor, foi autor de doze livros institucionais com publicações no Brasil e no México e quinze traduções, incluindo livros de Octavio Paz, William Faulkner e Mario Vargas Llosa.
Em 1994, ganhou o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, pelo primeiro livro de ensaios que traduziu de Octavio Paz, A outra voz. Também fez colunismo publicitário na Folha da Tarde e na revista Imprensa, e passou por empresas de Relações Públicas e agências de Propaganda.
Em 2013, passou a dedicar-se à tradução literária, lançou oito livros no mercado até 2012, cinco deles obras de William Faulkner (três reedições), todos publicados pela Benvirá/Saraiva.
Atuando nessa área há 26 anos, depois de ter deixado as redações, notabilizou-se pelo trabalho de traduções literárias. Além de Faulkner ele traduziu autores de renome como Mario Vargas Llosa e Octavio Paz e pilotou um blog literário.
Faleceu em São Paulo em 2 de junho de 2014, aos 75 anos, de parada cardíaca. Paulistano do Bixiga e do Alto do Pari, foi enterrado com a camiseta do Jabaquara de São Paulo, uma de suas paixões em vida.
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Minha homenagem a Wladir Dupont
Por volta dos anos 80, Wladir Dupont recebeu-me na redação da Revista Nova, da Editora Abril, quando apresentei meu primeiro Conto. Atendeu-me gentilmente, apontando as falhas contidas.
-- O seu texto está muito bom! Se você corrigir os pontos assinalados, eu publico.
Nossa conversa foi um grande incentivo para que eu reescrevesse “Virgem Marina” e outros Contos publicados pela Editora Abril/Azul.
Hoje, procurando-o pela Internet fiquei sabendo que já não está mais entre nós.
Muito obrigada, Wladir ,pelos conselhos tão preciosos!
Que Deus tenha te reservado um lugar tão bonito como
você!
Nair Lúcia de Britto
13 de fevereiro de 2020.