KOBE

KOBE

Hoje a humanidade vai dormir mais pobre, mais triste, menos extraordinária, menos genial e sem a energia e a alegria da existência de Kobe Bryant.

Sem dúvida, muitos vão insinuar o velho chiclê “todo mundo, depois que morre, é muito bom e incomparável, EU DIGO, o monstro já fora reconhecido em vida e o LAKERS já havia aposentado as duas camisas com que jogou.

Ele já invadira os lares do EUA e do resto do mundo, inclusive do Brasil, há 20 anos, nos canais que acompanham a NBA. Logo, já é reverenciado pelos aficionados de basquete há muito e reconhecido como um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos.

Eu mesmo, que nunca joguei basquete, sou só um fã de esporte e da NBA, somente aprendi a amar esse esporte por causa de Kobe, Jordan, Lebron, Magic Johnson, lógico não posso esquecer outras lenda, como Kareem Abdul-Jabbar, Bill Russell e Wilt Chamberlain. Atletas esses que, por serem tão espetaculares, conseguem empolgar até mesmo um leigo, por tamanha a perfeição com que exercem a sua profissão.

Ele Kobe nos EUA. Ele Kobe na Europa. Ele Kobe na Ásia. Ele Kobe na África. Ele Kobe no Brasil. Enfim, Kobe coube no coração de qualquer um que amava o basquete.

Acredito que Kobe e o basquete são almas gêmeas que estavam predestinadas a se encontrar exatamente neste tempo, nesta Via Láctea, neste espaço(Terra), nos EUA, para se encantarem mutuamente, para encontrarem sinergia, se amarem e demonstrar ao mundo que o amor transcende, que ele edifica e que a verdadeira arte está contida em tudo, mesmo num mero gesto de bola ao cesto.

Ou melhor acho que Kobe e o basquete tiveram uma rara história de amor platônico, porque eles ultrapassarão a barreira do tempo, do etéreo e do infinito.

Há homens que nascem para as artes, outros para a ciência, outros para a guerra, poucos para a Paz, muitos para pouco, poucos para muito, alguns para nada, Kobe nasceu para jogar basquete.

Assim como o sol toda dia nasce para aquecer a Terra; a Lua para iluminar a noite e encantar os olhos dos amantes; as estrelas para ornar os céus e os jardins do infinito, Kobe invejou todos esses astros, roubou o calor do Sol e esquentou os lares dos torcedores do LAKERS e dos aficionados por basquete; pediu emprestado às estrelas e brilhou nas quadras do mundo inteiro; à Lua pediu licença e encantou com seu talento e carisma todas as telas de TV do Planeta.

Kobe, como poucos, aprendera a linguagem do coração, a que emerge da alma, de onde, decerto, provém a verdadeira sabedoria, a palavra mais amena, o gesto mais doce, o carinho mais sincero, a intenção mais idônea e a filosofia mais profunda.

Kobe me ensinou que, sem qualquer aparelho eletrônico, com suas simples e próprias mãos, com disciplina, com determinação, ao exercer seu ofício, seja ele qual for (esporte, arte, ciência), você pode se apoderar, impactar decisivamente e fazer um bem enorme à humanidade, se fizer o que é legal, se fizer com amor, se fizer bem feito e o resultado não é outro, senão a perfeição.

Enquanto houver uma bola e um cesto, ainda que se apague a história geral da humanidade, o fantasma de Kobe certamente continuará ali debaixo brincando e tentando fazer os seus brilhantes e perfeitos arremessos.

O mito de Kobe permanecerá, será festejado e lembrado por séculos, por gerações e hão de ouvir falar o seu nome com admiração (como o fazem de Heitor e Aquiles, Salomão, Jesus Cristo, Moisés) contarão a história de seus feitos, suas jogadas, o quanto era agressivo, brilhante e vitorioso. Eu posso orgulhosamente falar: “eu vivi no tempo de Kobe, de Jordan, de Senna, de Phelps e de Pelé.

Decerto hoje morreu um homem, Kobe Bryant, mas nasceu uma lenda, tão grande que histórias verídicas serão contadas por gerações e ficará eternamente gravada na memória daqueles amam o basquete e que admiram o esporte. Quem será capaz de se esquecer do jogador de 81 pontos numa única partida, do vencedor de 05 campeonatos na NBA, do criador da “Black Mamba” e o do ala armador do Los Angeles Lakers? Ninguém!

Pontofinalizando, se o time do LAKERS em 2017 aposentara as camisas 08 e 24 que Kobe usara, tenho certeza que Deus mandou acrescentar mais uma insígnia na camisa da seleção celestial, para homenagear, brindar e registrar que mais uma grande estrela agora jaz no time dos imortais. Kobe não morreu, ele voltou para casa, só estava aqui de férias, lugar de estrela é no céu, como extraterrestre, ele agora é um anjo da bola, que foi arrasar noutras quadras, noutros times e lecionar basquete para a liga da eternidade.

Anailson, Uberlândia, 26/01/2020.