Sempre lembrarei de você, professora!
Figura franzina, tão simples, tão bela...
Ah meu Deus, como brilhava!
Brilhava assim, feito estrela
Na pequenina escola, há décadas atrás...
Meu maior orgulho, carregar teus livros
Arrumar tua mesa, te dar uma maça...
Não que você fosse, “assim tão boazinha”...
Cheia de autoridade, fazia-se respeitar!
Tua régua de madeira, em mim nunca usou
(Ou usou? Já não sei, não importa, não lembro...)
Bons tempos aqueles! (Ai, que nostalgia!)
Tempos de uniforme, e de usar “guarda-pó”
Branquinho, singelo, da cor da inocência!
Bons tempos de sonhos, de mil brincadeiras!
Se eu fechar os olhos, ainda posso vê-la
Na pequena escola, de uma sala apenas...
Os olhinhos curiosos, que te observavam
Um dia perceberam que sabiam decifrar
O mistério encantado das letras
Torna-las palavras! Já sabíamos ler!
Obrigado, minha MESTRA querida!
Por iniciar-me no prazer da leitura
Nos livros ainda hoje encontro
Respostas, saber, prazer e aventura!
Segui teus conselhos, e a vida prosseguiu...
De você, não sei mais que o primeiro nome!
“Maria das Dores” (Não!!! Das alegrias!)
Mas quero que saiba, esteja onde estiver
Que nunca te esqueço e sempre serei grata
Pela mão que um dia, segurou a minha!
E uma música antiga, (herança da vó),
Sempre me traz lágrimas aos olhos:
“Que saudade da professorinha que me ensinou o beabá”
Obrigado, de todo meu coração, querida MESTRA!
Meu muito obrigada saudoso!