Mãe e heroina
Que mulher e essa, qual a sua missão
Com mochila nas costas e o filho na mão
De terras longínquas, outras lá do sertão
Vem bater em São Paulo prá buscar solução
Cabisbaixa e sozinha lutando contra o mal
A doença do filho que a traz ao Hospital
Deixa os trens em sua terra separando o casal
Vem prá casa de Apoio, no abraço fraternal
Mulher guerreira que luta, olvidando a dor
Com o coração aos pulos extravasa amor
Luta muda pela cura ignora o dissabor
Com seu filho nos braços, reza e clama ao Senhor
Só Deus sabe que a heroína pisou no solo da terra
Abraçou o seu rebento, enfrentando essa guerra
Sem conhecer o passado e os carmas que encerra
Tem em seus braços um anjo, e fé em Deus que não erra.
Enio
17/12/2019.