Que saudades
Era tarde de um dia de criação
O barro e a água em um canto separados
E ele chegou e com toda a delicadeza moldou
As ações de suas mãos foram transformando
Aquele pequeno pedaço de barro
No boneco
E com um toque de amor
Com o sopro da vida o boneco se tornou Adão
O tempo passou e contra Deus Adão se rebelou
E com ele a terrível cena se fez
O que Deus mais temia ao homem chegou
A morte de Abel então se confirmou
Quando Caim seu sangue derramou
Desesperado pela ausência
Eva então chorou pelo ato que cometera
A sua revolta revelou a mais terrível maldição
Os tempos passaram e a maldição perambula
Ceifando e levando a todos com uma terrível crueldade
Choram mães e choram pais, filhos e esposas choram todos
Pela dor indescritível da ausência
As lembranças nos enganam e choramos
Pelo simples fato da inexistência de quem perdemos
Para o ato mais cruel da desobediência
A morte
Mas Deus por sua morte concede a vida
E ela é com abundancia vida
Ao ouvir o alarido de trombetas
As saudades acabarão e os mortos em cristo ressurgirão
Mais lagrimas rolarão do rosto de mães e pais, de filhos e filhas
Ao ver que os que deixaram saudades ressurgiram
Para com Deus morar e no Novo céu habitar
Ao meu amigo Ranieri que se foi saudades eterna amigo!