TU
Chica, a Guerreira!
Tu
andas sempre armada
carregas
uma espada e um escudo.
A espada serve-te
para entrar na batalha
e render teu inimigo.
O escudo, a ti garante,
a defesa contra o ataque
surpresa de velhos lutadores
ou
daqueles jovens principiantes.
Chica, a Misteriosa!
Teu aroma distingue-te
das mais sublimes flores,
tuas cores, mil, encanta o olhar do caçador.
O ardor do teu veneno,
desespera e tranquiliza,
deixando anestesiado
aquele que experimenta.
Chica, a Mensageira!
Tu anuncias:
dias ensolarados,
noites misteriosas.
Apareces com doçura,
para profetizar a cura da doença
e a tua presença é senhora
e sábia.
Chica, a Mulher!
Tu abrigas dentro do peito
um universo,
uma enorme constelação de
astros, estrelas e satélites.
Corpos celestes que atravessaram
todas as dimensões
e
te puseram neste mundo,
para que você derrame
suas luzes e emoções
entre nós
pobres mortais.
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OBS:
A.H. escreveu esse poema para mim, no dia 07.02.2003.
Estávamos ensaiando poemas do Carlos Drumond de Andrade, para uma encenação, no dia dos namorados.
Falei algumas palavras sobre o que eu sentia em relação ao poema que teria de interpretar, justamente tendo ele, A.H., como par.
Ele me ouvia e escrevia.
Quando terminamos o ensaio, ele me entregou essa poesia.
Homenagens desse tipo me deixam encabulada, mas grata.
Se ele viu em mim, todas essas coisas, creio que nesse momento, eu estava apenas sendo um espelho.
Nada mais.
Gratidão A.H.
PS: Escrevo só suas iniciais para não comprometê-lo.