Assim era , a noite de Natal...

Já foi uma noite de sonho, de tão bom que era.

Ver na cozinha dá avó, bem ao lume da lareira.

A avó fazia os filhós.com os netos ao redor. todos sentados num banco comprido e baixo, que havia na chaminé, ia fazendo e contado mil historias de encantar, eram 5 os netos da minha avó. Todos ali a seu lado, ouvindo aquelas historias que a todos encantava.

As filhas da minha avó, andavam em grande azafama, tudo tinha de estar pronto, antes da missa do galo. Pois os avós não deixavam de cumprir a tradição, vinham amigos, vizinhos ,juntar-se a meu avô.

Eram muitos aquela mesa, toda a casa andava cheia da alegria festiva que nos trazia o Natal. Era a festa da família.

Quando chegavam da missa, iam falando e cantando, as canções daquela época, era singela, tão bela, O Natal do tempo dos meus avós.

Quando se entrava em casa, todos tiravam os sapatos, em sinal de respeito. o avô ia para a mesa, .avó sempre a seu lado.

lá davam as ordens aos filhos que serviam as crianças, não sem antes fazer o sinal da cruz, agradecer o dia, saúde, e os alimentos, só depois nos podia mos sentar a mesa, em silêncio, ia-mos o Avô com seu sorriso bondoso, depois de acariciar cada um , mandava colocar o sapatinho na chaminé, pois o Menino Jesus viria, colocar algum presente

Uma boneca feita pelas nossas mães, e lindas que eram,um pouco de rebuçados.

O menino quase sempre era um carrinho desses pequenos que vendiam nas feiras.

Com que alegria ao acordar, se corria para ver , o tão desejado presente

saltava todos da cama, felizes,todos iam mostrar o presente que o menino tinha trazido, aquilo era precioso para nós

Naquele dia de Natal, era ver-nos todos felizes a brincar, com os nossos tesouros, minha querida mãe que tão bem sabia do quase nada fazer tanto, para fazer a família feliz

Não havia sede de consumo, a ceia era confeccionada , com o bacalhau, as batatas, os ovos, as couves da horta.

Não havia peru, havia coelhos, galinhas, patos tudo criado pelos avós.

na melhor das hipóteses cabrito assado no forno, tudo feito e criado em casa, o pão era do trigo que o avó cultivava, cozido no forno de lenha, A mãe fazia arroz doce ,claro os famosos bolos da região Oeste do meus País, que naquela época se chamavam bolos de noiva.

Tão diferente foi a minha infância, o Natal de quando era criança, como eu queria dar assim Natal aos meus netos, tudo mudou, até eu mudei.

Hoje as crianças querem tudo, ou quase, os pais acham que tem de dar tudo, engano deles, eles tem de saber ouvir o não, tem de saber que a vida é uma luta constante, em que não é o ter que o valoriza, mas sim o ser, ser honesto, ser leal, ser bondoso. Ser é a chave da vida. LR

retalhos de mulher
Enviado por retalhos de mulher em 09/11/2019
Código do texto: T6791074
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.