Mazinho
Lá vem Mazinho, o doido passeia pelo bairro sua loucura mansa.
É reconhecido seu direito a loucura, ela é parte dele, sua profissão.
Entra é sai ligeiro, come onde quer.
Em toda feira há frutas e pastéis reservados para ele.
Torna-se o doido do bairro, respeitado como o carteiro, o coletor da limpeza, o mecânico, o vigário.
A loucura é sagrada, e se endoida com gestos obscenos, nem vai preso, é reconhecido seu direito a loucura.
Lá vai Mazinho, sempre pelo mesmo caminho, atravessando o meio da praça !
Sgt- pier 31/10/19 02:40 hs