Dia dos Professores (as)
Professor, uma profissão!
Educador, a mais nobre de todas as missões!
No latim professor, indica pessoa que professa, que declara (fateri) diante de todos (pro-) ser expert em algum saber; acredita-se que quem sabe pode, em princípio, ensinar a quem não sabe. Embora se diga, em tom de brincadeira, que quem sabe faz e quem não sabe... ensina.
Os professores professam, confessam saber algo, e afirmam saber ensinar. A palavra "ensinador" não está dicionarizada, mas poderia estar. Quem ensinasabe assinalar (lembrando *insignare, do latim vulgar) algo, mostrar algo com clareza, enfatizar.
O educador, por sua vez, é quem alimenta, orienta, prepara. No latim clássico, educator forma-se com a partícula ex- e o verbo ducare: "conduzir para fora", admitindo-se que seja um conduzir a pessoa para fora de si mesma (abertura para o mundo) ou para fora do reduto familiar (descoberta de outros âmbitos da vida social).
Curioso também é o signo/palavra em português, Profeta, que se origina da palavra grega προφήτης(prophétes), seu significado vindo de advogar ou discursar em público. ... De acordo com muitos críticos recentes, a raiz de Nabí, não empregada no hebraico, significa falar com entusiasmo, "proferir grito", como os pagãos mânticos.
Em hierarquias “verdadeiras” ou hólon, como por exemplo para os entes sencientes: átomo; molécula; célula; órgão; corpo; mente; alma; e espirito. Sabe-se que o hólon “acima” tem ciência dos holóns “abaixo” (ex. a célula sabe e domina/compreende a molécula e o átomo, mas o átomo e a molécula não sabem da existência da célula), assim são para todos os hólons.
Os docentes/professores/educadores/profetas/treinadores/consultores... são pessoas extra família que tem a função de facilitar/fomentar/ensinar/motivar a diferenciação dos hólons “abaixo” e possibilitar que o hólon acima seja necessário, percebido e apreendido.
Na linguagem/significado usada por Freud, Ken Wilber e outros, sobre Eros e Thanatos (Eros é uma eidos/ideia nova, insight, que deve ser testada, praticada e vivida até se tornar obsoleta/ultrapassada, é quando Thanatos atua para mata-la e fazer surgir uma nova Eros, e assim sucessivamente). Educador/professor é o catalizador deste processo. Processo que parte da mente ou eu/ego/ser para o nós e deste para o todos nós e finalmente para o tudo nós.
Hoje estamos no limiar do Eros racional (na hora de unir o corpo e a mente, pensamento desenvolvimentalista, diferenciar “o nó do mundo” conforme Arthur Schopenhauer; e ainda como Freud, no lúcido complexo de Édipo/Eléctra, fase centaurica) e isto deve advir de Thanatos, e tudo indica que é para um mundo pós-racional (assimilando satori), isto é abandonando o antropocentrismo/etnocentrismo e entrando no mundicentrismo, pois o mundo idealizado pelo iluminismo já não mais é bom para tudo, pois só é bom única e exclusivamente para o homem. Viramos um câncer, uma praga por motivos quantitativos (devemos ser no máximo um bilhão de pessoas e não quase oito bilhões de consumidores) e não qualitativos. O fisicalismo e o dualismo devem coalescer.
Evidentemente a ideia acima ainda não atingiu o centésimo macaco (ressonância mórfica), Thanatos se mostrou necessário para ainda poucos, e para ampliar este epistemes, que os professores educadores ajudem, claro que tendo por suporte os significados de Outridade, Hólon, Resiliência, Autopoiésis, Enação, Satori, etc.
O desafio é grande... vamos dar conta!