NINGUEM GOSTA DE HAMBURGUES MAL PASSADO E NEM FRANGO???
Indicação de Eduardo Bolsonaro a embaixador nos EUA é rejeitada por 70% dos brasileiros, diz Datafolha
Nomeação do filho do presidente é rejeitada por praticamente todos os grupos avaliados pelo instituto
RIO — A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para ser embaixador do Brasil em Washington é rejeitada por 70% dos brasileiros , constatou uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada pelo jornal Folha de São Paulo nesta quarta-feira.
Segundo o levantamento, que escutou 2.878 pessoas entre os dias 29 e 30 de agosto, apenas 23% dos entrevistados consideram que o mandatário brasileiro está agindo bem ao indicar o filho. A nomeação do terceiro filho do presidente, segundo o instituto, é rejeitada por praticamente todos os grupos analisados, menos por aqueles que são simpatizantes do PSL, onde tem apoio de 64%, e entre aqueles 29% dos entrevistados que consideram o governo de Jair Bolsonaro como ótimo ou bom (64%).
A indicação do deputado é rejeitada por até mesmo pelos eleitores de seu pai: 53% daqueles que votaram em Bolsonaro em 2018 acreditam que o presidente errou ao indicar seu filho, contra 40% que acham que ele agiu bem. Entre os eleitores de Fernando Haddad, a rejeição é de 88%.
A medida também foi majoritariamente mal recebida em todas as regiões do país: a rejeição é de 76% no Nordeste, 71% no Sudeste e 65% no Sul, no Norte e no Centro-Oeste. Além disso, cerca de 61% dos evangélicos, grupo mais favorável ao presidente, são opostos à nomeação — o segmento menos favorável, aqueles que se identificam como ateus, tem rejeição de 95% ao nome de Eduardo.
Eduardo Bolsonaro, que viajou para Washington na semana passada para se encontrar com Donald Trump, visita "simbólica" que não foi registrada na agenda oficial do presidente americano, recebeu o sinal verde do governo americano para assumir a embaixada brasileira no país há quase um mês.
Agora, para que a indicação se confirme, o presidente Jair Bolsonaro precisa enviar o nome de seu filho para o Senado, que vai decidir se aprova ou rejeita a nomeação. Após cogitar retirar a nomeação , Bolsonaro disse que não irá recuar , mas que " não tem pressa " para que a nomeação se confirme.
Quando cogitou retirar a indicação, o presidente criticou um parecer da Consultoria Legislativa do Senado que considerou que a nomeação configurava nepotismo. Nesta quarta-feira, contudo, a Advocacia da Casa formulou um parecer que contradiz a posição da Consultoria, concluindo que a indicação de Eduardo não seria um ato de nepotismo.
A súmula de 2008 do Supremo Tribunal Federal dá margem a diferentes interpretações sobre o assunto, já que ela admite a indicação de parentes para cargos políticos, como secretários de estados e municípios e ministros, mas não para cargos comissionados, e não especifica em qual definição se enquadra a função de embaixador. Um julgamento para dirimir essa dúvida está pendente no STF.
Nota do divulgador:- Acho que dessa vez nada que o papai promete... não deu certo!!!! Nem com os 4 bilhões de verbas aos senadores!!!!