A Grande Família - Figurino
Outro destaque da série está na escolha das roupas. Na 1ª temporada, as figurinistas da série eram Cristina Gross e Cláudia Kopke, já nas temporadas seguintes é Cao Albuquerque que ocupa o cargo. Cao busca as novidades dos personagens percorrendo camelôs, brechós e lojas de rua atrás de peças como: sapatos, bijuterias e roupas. Jamais procura em shopping, pois procura elementos que seriam acessíveis aos personagens. "-Fiz um subúrbio mais kitsch, sem necessariamente situar o figurino em algum tempo específico", explica Cao.
Inspiradas nas décadas de 50 e 60, as peças tem como objetivo reforçar a personalidade de cada um dos personagens. Para reforçar o perfil alegre da família, Cao faz pesquisas em revistas antigas e procura tecidos que complementem o clima colorido do cenário. Nenê, por exemplo, teve seu visual repaginado no decorrer da história. Mais recatada no início, com decotes dos anos 50, hoje ela já se arrisca a usar vestidos mais sensuais, mas que ainda mantêm o lado de mãe e dona-de-casa. Já o Mendonça, colega de repartição de Lineu, é um dos personagens que assumiu um estilo brega assumido. "Tentamos colocar nele algo que realmente dê aquele perfil de funcionário público", diz o figurinista. Segundo Cao, as roupas exageradas, listradas e estampadas de Agostinho são inspiradas nos anos 70; Marilda possui vestidos de padrões geométricos e brilho setentista do lurex; enquanto Bebel e Tuco usam roupas relacionadas aos jovens. Seu Flor herdou roupas de Lineu, o que fez com que a produção adaptasse as roupas pro tamanho do Rogério Cardoso, tingindo-as para dar um ar de gastas. Quem quase não muda de visual é Lineu pois Nanini acredita que seu personagem é daqueles homens que não mudam de sapato para não ter de comprar outro. Já no sentido inverso, quem mais mudou o visual foi Bebel, que já teve várias fases: funkeira, bonequinha japonesa, perua emergente extravagante e empreendedora.