A Grande Família - Cenário
O produtor artístico da série, Guga Feijó, junto com o cenógrafo, Keller Veiga, procuravam uma casa no Rio de Janeiro que servisse de inspiração para a série. Foi assim que a equipe encontrou uma moradia em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, que obtinha o que buscavam: "Criamos uma casa de verdade, usando o máximo possível de elementos reais. As instalações, o chuveiro, o interruptor, a tomada, tudo funciona. E, como a câmera é imprevisível, tudo é devassável. Por isso, temos que ter um compromisso maior com a realidade, com os acabamentos do cenário", explica Keller Veiga. Detalhes como pichações, cartazes, azulejos sujos e quebrados, fiação gasta, calçadas remendadas e cores desbotadas foram feitas pela cenografia para ficarem próximas a realidade. Em sua 1ª temporada, a série era gravada no teatro Fênix e em Jacarepaguá, em uma casa de 120 metros que possuía: três quartos, um banheiro, uma cozinha com copa integrada, uma varanda e uma garagem para abrigar a Belina 1972 de Lineu. A casa tinha também uma passagem para o quintal, que, assim como a varanda, fazia a transição do estúdio para a área externa, gravada no bairro da Freguesia, em Jacarepaguá, onde a equipe encontrou uma casa ideal, de 1960, para servir de amostra nos takes da frente da casa.
Na 2ª temporada a série passou a ser gravada no Projac, com uso de uma cidade cenográfica. No início havia apenas a casa da família Silva e a pastelaria. Depois, o local aumentou com a chegada do salão da Marilda, que posteriormente ganhou um segundo andar, e o clube Paivense. A inspiração para atualizações vem dos subúrbios do Rio de Janeiro, criando um ar romântico e saudosista na rua da série, não mais existente na vida real. Luciane Nicolino entrou no lugar de Veiga, como cenógrafa, e começou a fazer as mudanças na casa da família junto com Feijó. No início, já no Projac, a equipe procurava fazer uma casa semelhante à anterior para não ficar uma mudança muito brusca, visualmente, para os telespectadores. Com o sucesso, a casa foi saindo da realidade e ficando com um ar mais cafona para ajudar no humor da série. Os cenários são atemporais, possuindo objetos de várias décadas. Entretanto, durante todas as temporadas, a casa de todos os personagens tiveram inspiração entre os anos de 1970 e 1980, com leves modificações no decorrer das temporadas.
Mais uma mudança ocorreu na 10ª temporada, com a saída de Nicolino e a entrada de Fumi Hashimoto. No ano seguinte, Feijó saiu do projeto após anos (ele estava desde o início) e quem ficou no seu lugar foi Alda Gonçalves: "Ir no estúdio com o cenário montado, me causou um impacto muito grande porque é o mais realista com o qual gravei", declarou Alda, elogiando o trabalho de Feijó e equipe. Com a passagem de tempo na 12ª temporada, fizeram mudanças sutis como um cantinho de costura para Nenê e piscina na casa de Bebel e Agostinho, como também levou um ar urbano e colorido ao inserir digitalmente uma comunidade e um viaduto na cidade cenográfica.