Kurt Cobain No Nirvana

Quando ganhou sua primeira guitarra elétrica no seu décimo quarto aniversário, depois de escolher entre esta e uma bicicleta, Kurt logo começou a aprender algumas músicas e a tocar alguns covers, como Back in Black do AC/DC. Sem demora, começou a trabalhar em suas próprias canções. Durante o Ensino Médio, enquanto aprimorava seu dom de guitarrista, Kurt nunca encontrou alguém que tocasse de modo espontâneo e divertido, até que conheceu Krist Novoselic. A mãe de Krist era dona de um salão de beleza e os dois começaram a ensaiar eventualmente na sala que ficava no último andar do prédio. Nessa época, Kurt deu, a Novoselic, uma fita demo de sua banda, Fecal Matter. Depois de alguns meses de indecisão, Krist, finalmente, ouviu a fita e gostou. Acabou por concordar em formar uma banda juntamente com seu mais novo amigo, banda esta que, mais tarde, resultaria no Nirvana.

Memorial a Cobain em Aberdeen, em Washington.

O começo da carreira deixou Cobain desencantado, devido à banda ser incapaz de atrair multidões consideráveis e pela dificuldade em se sustentar. Durante seus primeiros anos tocando juntos, Novoselic e Cobain foram anfitriões de uma lista rotativa de bateristas. Eventualmente, a banda ficou com Chad Channing, com o qual o Nirvana gravou o álbum Bleach, lançado pela Sub Pop Records, em 1989. Cobain, porém, ficou insatisfeito com o estilo de Channing, levando a banda a procurar um substituto e, eventualmente, encontrando Dave Grohl. Com Grohl, a banda encontrou seu maior sucesso através de sua estreia com o álbum de 1991, Nevermind.

Cobain lutou para conciliar o enorme sucesso do Nirvana com suas raízes na música underground. Ele também se sentia perseguido pela mídia, comparando-se a Frances Farmer. Depois, ele criou um certo ressentimento em relação a pessoas que afirmavam serem fãs da banda, mas que não reconheciam ou entendiam as visões sociais e políticas da banda. Um crítico declarado do sexismo, do racismo e da homofobia, Cobain ficou publicamente orgulhoso com a apresentação do Nirvana em um evento de apoio aos direitos dos homossexuais chamado No-on-Nine ("Não ao Nove"), no Oregon, em 1992, em oposição à "iniciativa popular 9 do Oregon" (Oregon Ballot Measure 9), que proibia as escolas desse estado estadunidense de reconhecer ou aceitar positivamente os direitos LGBT.

Cobain foi um apoiador do movimento pró-escolha, e envolveu-se desde o início na campanha Rock for Choice junto com a banda L7. Ele recebeu ameaças de morte de um pequeno número de ativistas antiaborto, com um ativista ameaçando que Kurt seria baleado logo que pisasse no palco.[48] No encarte da compilação Incesticide, declarou:

“ If any of you in any way hate homosexuals, people of different color, or women, please do this one favor for us - leave us the fuck alone! Don't come to our shows and don't buy our records.

(Se algum de vocês de alguma forma odeia os homossexuais, as pessoas de cor diferente, ou mulheres, por favor, faça esse favor para nós - deixe-nos em paz! Não venha aos nossos shows e não compre os nossos discos) ”

Um artigo de seus Journals lançado postumamente declara que a libertação social, poderá ser possível apenas por meio da erradicação do sexismo.

Vinicius Moratta
Enviado por Vinicius Moratta em 16/08/2019
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