Nirso é que dá...
O Nilso Araújo, desde rapazim, sempre se destacou numa multiplicidade de atividades, desde o trabalho na fábrica de tecidos até a aposentadoria, à de esposo amoroso e devotado, passando pelo atleticismo e pelo fervor religioso, em destacada liderança. E sem contar os dotes musicais, e de proseador contumaz.
Filho benjamim de Bejo e de Dona Cota, Nilso superou muita adversidade para se tornar um cidadão do maior respeito e da admiração de seus próximos, como dos distantes.
Traço indelével de sua presença é a sua maneira de falar, tanto para conversar com a parentela, a gente do povo, como com o alto-comando da fábrica e do meio eclesiástico, onde sempre galgando degraus, pontificou.
E cá pra nós, na geração em que me criei, o L pós-vocálico quase sempre era pronunciado como R, com exceções para professores, médicos e o vigário, naturarmente. Assim, a toda ida uma vorta era correspondida...
E o Nilso deu prova autoritativa disso, quando, liderando um grupo de fervorosos mariapolistas, ditou solenemente para a moça encarregada de confirmar presenças no ônibus que levava romeiros de Pitangui e de seu entorno à capitar da fé:
- Meu nome é Nirso, moça. Nirso com L.