Sarau da morte!
O sarau dos ventos num redemoinho de miséria
neste vendaval de desgraças
traz, sem piedade, os restos mortais de Augusto que, de Anjo, só o nome bordado na lápide fria dos ancestrais.
Vive hoje numa evocação colossal trazido pela medium poeta
o grito fúnebre desse gênio sepulcral no radar das asas dos morcegos, pássaros da estima do poeta da morte, para dizer
da outra dimensão
que o verbo envernizado
pela maestria da palavra maldita e bela sobrevive
na boca cadavérica dela
numa simbiose ritimada
o antiverso, o mármore
O eu dissecado
a "última quimera"
tira da jaula o beijo e a fera.