Meu Poeta Minha Vida..Meu Menino e Um Comentário!
12/06/2007 18h09 - Júlio
Obrigado mãe... linda homenagem, e só hoje, dia 12 de junho, me sinto de verdade presenteado ao ler este texto. A vida tem sido tão dura e amarga... desaprendi a chorar, mas agora de súbito, ao ler estes versos, lágrimas desceram sem nenhum soluço, mudas, com a lúcida clareza do que só nós conhecemos (a senhora que escreve, eu que leio). Por um instante me senti em teu ventre de novo (calor). Mas logo já retornei à frialdade dos cordões (laços) desfeitos. A vida é muito dura mãe, e tenho quebrado pedras a cada dia, a cada noite, distribuído sorrisos amarelados e vertido lágrimas para dentro. Vinte anos... penso que os próximos dez passarão por mim, e depois nem terei retratos para recordar o que fui. Estranho como a vida venta e nos carrega para longe, às vezes alto, às vezes baixos e chuvosos... mas te recordo sempre, mãe, nunca me esqueço. Tenho encontrado muitos espinhos em suas pegadas, e hoje sei o quanto seus pés são doloridos. Somos mais parecidos do que a senhora pensa. Semelhantemente loucos, românticos, melancólicos... e trancados dentro de nós mesmos. Alguém nos ouvirá um dia? Não sei... Não. Não nos ouvirão nunca. Encontrarão talvez um dia um pouco do nosso sangue derramado em um canto de parede, dizendo o que há em nosso coração. Obrigado. Embora longe (a distância das piores, que não se supera com os pés), nunca te esqueço. Um grande beijo do teu filho. Júlio César Carvalho Dos Santos para o poema "Na Barriga da Mamãe!"
Dorothy Carvalho