JARDIM DA INFÂNCIA
Entre os meandros desse coração selvagem...
Nasce uma nova imagem,
Perfumada pela timidez da viagem...
Flori entre a aragem...
Sua forma singela de um encanto ímpar...
De um singular colectivo formando um par,
Doma as paredes desse peito faminto...
Com o seu licor que transforma o absinto...
De tudo o quanto sinto...
Com o mesmo intuito,
Daquele ímpeto no silêncio...
Dos olhos que choram cá dentro
Pois ela nasce no centro...
A selva se harmoniza com a bela flor...
Tão mística como a noite excitada,
Tão mágica igual ao nascer da alvorada...
Fragrância da saudade e do amor,
Raridade que nutre essa pobre alma,
Que deságua no leito das veias,
Tal chama que queima e incendeia...
Tal ilusão como a primavera...
De um tempo que não exagera...
Num jardim de uma inocente infância,
Duma vontade e teimosia de criança,
Nascida da ânsia, para se compreender...
Flor da sedução, ternura e prazer....
Tentando domar-me, tornou-se selvagem...
Repartiu-se em duas, apagando as miragem(ns)
Sua origem da ordem Asparagales...
Ousei-me a mistura-la nos princípios de Tales,
Pois a sua origem grega assim permitiu-me...
Buscar a essência testiculada da sua forma...
Para o aprazível nascer das suas chama...
Em pequenos jardins da infância
Nesse âmago perfumado por Orquídeas...
Daniel Miguelavez
o Merlin Magiko
In Antologia Poética " Jardim de Palavras "
do Grupo Múltiplas Histórias