O SERTÃO E O SERTANEJO
Sertão calmante das almas
Veredas de muitos pés.
Aconchego de mentes calmas
Terra boa de nota dez.
Sertanejos que batam palmas
Cruzando os igarapés.
Comida da boa por muitos saboreada.
Por grandes chefes da cozinha,
Culinária sertaneja agora reinventada
Muitos conhecedores deram uma ‘mãozinha’,
E a comida ganhou status de sofisticada.
As cantorias ao luar
Morenas-jambo, encantando o olhar,
A fogueira, esquentado a pele,
Ao som da viola, arrepiar,
O sertanejo, no coração dele,
Só sabe essa terra, amar.
Inspirando-me no amigo, ventura.
Enalteço esse sertão bonito
Onde nascer já é aventura
E no canto, na raça ou no grito,
Como é bonita! A criatura.
Então, amigo João...
É assim... Que eu quis te homenagear,
Pegando o amigo pelo coração
Falando as verdades do grande sertão
Tema constante das suas poesias
E aos teus risos chantagear.
Terra de muitas Marias
Doces de muitos sabores
Sol forte em todos os dias
Encantos de muitos amores
Sertão de muitas magias.
Saudades e forte esperança
O simples que se torna tudo
Pureza que encontra bonança.
Sertanejo visto como sofrido,
Mas consta que é homem sortudo.
Ênio Azevedo
Em homenagem ao amigo
João Nunes Ventura.