Enquanto exercitava em um aparelho da academia eu ouvi claramente:
- Filha! Tá errado... Presta atenção no ritmo!
Minha amada mãe encontra-se na misteriosa dimensão daqueles que aqui cumpriram sua missão.
Naquele momento, meus pensamentos unidos à memória de momentos passados vieram à tona como uma onda que massageia seus sentimentos mais precisos.
Sempre que me recordo dessa grande guerreira, minha alma flutua e o amor toma forma de um ser real.
Lembro, como se fosse agora, treinava desesperadamente as letras para datilografia: asdfg asdfg asdfg....
Minha ouvia as batidas da cozinha e gritava:
- tá errado... olha o ritmo!
- Mãe! Não toco piano. Estou treinando datilografia.
- Tente manter o mesmo ritmo que vai dar certo filha!
De fato e como sempre ela tinha razão e isso me deixava impressionada sempre.
Minha mãe era uma mulher quieta e silenciosa dentro da igreja. Observava as orações escandalosas das irmãs e não fazia comentários, tampouco acompanhava o mesmo costume. Simplesmente fechava os olhos e orava em pensamentos. Nada dizia, apenas observava.
Havia momentos que se dava oportunidades para as irmãs apresentarem seus dons na frente dos demais irmãos. Algumas faziam palestras bíblicas, outras cantavam hinos. Minha mãe nunca se oferecia para comparecer nessas apresentações. Ela apenas observava.
Um dia, de repente, meu pai praticamente a obrigou a cantar um hino para todos os irmãos e a igreja, neste dia, estava lotada.
Fiquei muito preocupada com minha mãe. Nunca havia feito isso.
Então, com muita dificuldade ela foi, fechou os olhos e começou a cantar um hino da harpa cristã.
Sempre que alguém comparecia para cantar ou palestrar, era difícil diferenciar a voz de quem estava apresentando com a dos irmãos daquela igreja denominada como de pentecoste, porque a gritaria era ensurdecedora.
Mas, naquele dia, foi diferente.
Minha mãe, uma mulher pequena, com um vestido dentro do padrão daquela instituição religiosa, de olhos bem fechados, começou a cantar e sua voz era tão maravilhosa que todos pareciam hipnotizados pela mesma admiração.
Nunca, nem antes e nem depois daquele momento, houve um silêncio tão perfeito naquela igreja barulhenta.
- Filha! Tá errado... Presta atenção no ritmo!
Minha amada mãe encontra-se na misteriosa dimensão daqueles que aqui cumpriram sua missão.
Naquele momento, meus pensamentos unidos à memória de momentos passados vieram à tona como uma onda que massageia seus sentimentos mais precisos.
Sempre que me recordo dessa grande guerreira, minha alma flutua e o amor toma forma de um ser real.
Lembro, como se fosse agora, treinava desesperadamente as letras para datilografia: asdfg asdfg asdfg....
Minha ouvia as batidas da cozinha e gritava:
- tá errado... olha o ritmo!
- Mãe! Não toco piano. Estou treinando datilografia.
- Tente manter o mesmo ritmo que vai dar certo filha!
De fato e como sempre ela tinha razão e isso me deixava impressionada sempre.
Minha mãe era uma mulher quieta e silenciosa dentro da igreja. Observava as orações escandalosas das irmãs e não fazia comentários, tampouco acompanhava o mesmo costume. Simplesmente fechava os olhos e orava em pensamentos. Nada dizia, apenas observava.
Havia momentos que se dava oportunidades para as irmãs apresentarem seus dons na frente dos demais irmãos. Algumas faziam palestras bíblicas, outras cantavam hinos. Minha mãe nunca se oferecia para comparecer nessas apresentações. Ela apenas observava.
Um dia, de repente, meu pai praticamente a obrigou a cantar um hino para todos os irmãos e a igreja, neste dia, estava lotada.
Fiquei muito preocupada com minha mãe. Nunca havia feito isso.
Então, com muita dificuldade ela foi, fechou os olhos e começou a cantar um hino da harpa cristã.
Sempre que alguém comparecia para cantar ou palestrar, era difícil diferenciar a voz de quem estava apresentando com a dos irmãos daquela igreja denominada como de pentecoste, porque a gritaria era ensurdecedora.
Mas, naquele dia, foi diferente.
Minha mãe, uma mulher pequena, com um vestido dentro do padrão daquela instituição religiosa, de olhos bem fechados, começou a cantar e sua voz era tão maravilhosa que todos pareciam hipnotizados pela mesma admiração.
Nunca, nem antes e nem depois daquele momento, houve um silêncio tão perfeito naquela igreja barulhenta.