À querida professora Odete
Era o ano de1970. Ano da Copa do Mundo quando o Brasil seria tricampeão mundial. No bairro do Buquirinha, em São José dos Campos, SP, havia uma escola normal, de alvenaria e também havia mais umas duas que foram construídas, mas de madeira, para confortar mais alunos. Só que essas salas na época do verão eram muito quentes. Lembro dos alunos e principalmente da professora Odete. Nossa mestra. Grande mestra onde hoje relembro com saudades. Até falei com ela há pouco pelo messenger. Então resolvi escrever essa crônica. A nossa querida professora Odete era calma, serena mas também muito brava quando precisava ser. Mas naquele tempo nós, alunos, éramos de uma geração diferente da de agora. Respeitávamos uns aos outros e principalmente nossa mestra. Então ela não tinha tanto que nos chamar a atenção. Vez ou outra tinha um aluno mais travesso mas tudo se resolvia na conversa com ela. Lembro-me dos dias quentes e ela sem pestanejar nos ensinava com todo seu carinho e amor pelo que fazia. Eu percebia o suor no rosto dela mas ela nem ligava. Ela amava ensinar. Queria que o tempo voltasse pois eu sinto falta daqueles dias mesmo quentes mas eram alegres. Todos nos respeitávamos. Nessas poucas e pequenas palavras eu gostaria de agradecer tudo que a senhora fez por nós, querida professora Odete. Quem sabe ainda nos encontraremos pra falarmos desse tempo bom que não volta mais infelizmente, mas que como outras coisas, ficam na nossa memória e nunca esquecemos. Lembro sempre da senhora sentindo o suor no rosto mas se dedicando com afinco nos nossos ensinamentos. Obrigado por tudo, pela sua dedicação a nós alunos querida professora, e que Deus a abençoe e ilumine sempre. Obrigado!!