Dener, A Fantástica Fábrica De Dribles - Parte II

Morte

Na época em que estava no Rio de Janeiro, sofreu um grave acidente que lhe tirou a vida. Dener voltava de São Paulo, onde havia se reunido com dirigentes da Portuguesa e do Stuttgart, da Alemanha (em que jogava, à época, Dunga), para uma futura transferência, e passado o fim de semana com a família. Por volta de 5h15 da madrugada de 19 de abril, o seu carro (um Mitsubishi 3000 GT com a placa DNR 0010), dirigido pelo amigo Otto Gomes Miranda, perdeu a direção e chocou-se com uma árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas, quase em frente ao Clube Naval Piraquê, numa curva leve, na altura do número 2 225 na Avenida Borges de Medeiros. Meses após o acidente, um laudo policial confirmou que Otto havia dormido ao volante, causando o acidente.

Dener, que viajava dormindo no banco do carona, foi asfixiado pelo cinto de segurança e ainda bateu com a cabeça no teto do carro, segundo a perícia, que concluiu que o carro estava na quinta marcha, em alta velocidade. A causa mortis de Dener foi uma asfixia por lesão da laringe e uma contusão no pescoço.

Este acidente terminou tragicamente uma carreira promissora. Investigações posteriores descobriram que Dener deixou o banco inclinado demais, anulando a eficiência do cinto.

Homenagens

• Em homenagem ao jogador, uma placa foi colocada no local do acidente com a frase "Aqui morreu um poeta do futebol". O objeto, no entanto, desapareceu. No lugar dele, alguém improvisou uma homenagem escrita à mão, que hoje está pintada na calçada.

• Em 2012, a Portuguesa lançou uma camisa comemorativa, que faz referência ao golaço marcado no Canindé contra a Inter de Limeira em 1991. Parte da renda das vendas será destinada à família do meia.

• Em dezembro de 2016, 22 anos após sua morte, o filósofo e historiador Luciano Ubirajara Nassar lançou a biografia do craque, com o título Dener — o Deus do Drible.

• Em 2019, em sua homenagem, a Federação Paulista de Futebol e o Globoesporte.com passaram a coroar o gol mais bonito da Copa São Paulo de Futebol Júnior com o Prêmio Dener.

Vida Pessoal

Dener deixou viúva e três filhos. Após a morte de Dener, a família tinha direito a parte do dinheiro do seguro do jogador. A família reclamou na justiça os seus direitos e, após dez anos de julgamento, o tribunal decidiu em definitivo que o Vasco da Gama, último clube a que o passe de Dener foi emprestado, deveria pagar à família e à Portuguesa de Desportos a quantia referente ao seguro. A Portuguesa recebeu a sua parte, porém a família do atleta precisou legitimar a esposa de Dener, já que, apesar de estar com o jogador desde os dezoito anos e ser a mãe dos seus filhos, não era oficialmente casada com ele. Após treze anos, o clube e a viúva de Dener chegaram a um acordo para o pagamento da dívida.

Vinicius Moratta
Enviado por Vinicius Moratta em 18/04/2019
Código do texto: T6626915
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