A Mente de Luiza
Este texto foi me presenteado por minha sobrinha, Luiza, uma jovem professora vocacionada para a arte de ensinar. Transcrevo à seguir:
"Muitas vezes eu pensava que viajava pra deixar problemas pra trás, mas hoje eu vejo que não é isso, nunca foi.
Quando viajo, meus problemas não somem, nem "ficam" pequenos. Quando viajo, enxergo o quão pequenos eles são. O quão pequena eu ainda sou. Eu erro, erro demais, e ainda tenho muito pra errar e aprender. E esses erros são pequenos, assim como eu. É tudo diminuto perto da grandiosidade desse mundo. Todas as mágoas, todas as coisas sem solução, cara, é minúsculo.
Tudo o que sei, todas as minhas certezas, todos os medos todos os " e se" são nada. São poeira em uma estrada que é longa demais pra eu me preocupar com os tropeços que dou, com a sujeira em minha roupa, ou com as bolhas nos meus pés. As vezes esses percalços me param, momentaneamente, aí eu saro, me reconstruo e continuo... sem parar e em frente, resgatando o que vale a pena, corrigindo o que eu posso.
Não desisto da viagem no meio, mas aceito quando chego ao fim dela.
Quando quero algo, esse algo é meta. Tenho minhas metas e cada dia crio novas. Grande parte delas foram alcançadas, graças a Deus. E ainda quero outras, e outras...
Mas o que posso dizer é que sou feliz.
Sim, FELICIDADE EXISTE, quando consigo enxergar tudo de bom que o universo, Deus, o acaso (como você preferir), me dão, gratuitamente.
Faço coisas que me permitem enxergar a minha. Enxergue a sua! Porque cada um desses momentos passam.. não podemos perde-los. Agarremo-nos a eles pra deixá-los mais longos...
Tudo na vida é tempo.
Aproveite o tempo que você tem com a felicidade, porém quando ela for, fica de bouas! 😊 Logo virão outros. Porque na vida é assim. E ela é assim pra que aprendamos a enxergar a felicidade e valorizá-la antes de perdê-la. E sem medo de perdê-la, porque o medo te impede de apreciá-la. E o tempo, esse é nosso carrasco e nosso melhor professor, pois pra que nova mata verde cresça linda, é necessário que a antiga morra.
Eu viajo, porque gosto. Porque sou natureza. Sou água do mar, sou vento, sou tempestade. Sou um pensamento livre por aí, que não pode ser aprisionado pelo medo. Sou uma ilusão, sou uma bruxa. Eu tomo diversas formas, tantas quanto são as formas que me dão, e me divirto com isso.
Sou insegura e seguríssima, sou criança e sou velha, cética e mística. É essa sou eu. Viajante em tempos e lugares que não me pertencem porém os faço meus.
Ass: A Mente da Luíza."