UM ÁTO(MO) DE CORAGEM
Onde houver dois ou menos pra ti ouvir rimar
Tu ali versarás independente de aplauso
Rimas estridentes em tom singular
Versos contundentes não por acaso
A desigualdade é como um fuzil apontado pra nossa arte
Mas tu revidas, até com um bacamarte de fino calibre
Levando música e poesia da periferia além de Marte
Como um beque que vai ao ataque e arrisca o drible
E duro divide e bate mas não agride
Ao “ti” ler, rápido é se render ao seu talento
Mas “tá” lento o reconhecimento
O vento sempre muda a maré
E até mesmo sem brisa a arte é o que é
E ela rima contigo como um parceiro, um amigo
Verso em reverso sem exigir reconhecimento
Em seu particular universo ou no campo inimigo
Basta-lhe o dom por fomento
Homenagem ao amigo, parceiro e poeta, Átomo "Pseudo Poeta"
28/12/2018