De encontro com a morte

A porta se fechou como num murro na boca do estômago. Era a certeza que mais um círculo da vida se fechou. Mais uma história acabou e mais um sonho finalizou.

Como tudo na vida tem seu principal e fim ali chegou o seu. A morte já havia dando seu sinal de chegada.

A febre não passava, os delírios se tornaram constantes. A boca seca se tornou companhia. Nada faz as dores do corpo cessar. Nada faz a ansiedade acabar.

O corpo indicava que o falecimento múltiplo seria inevitável. Ver a morte de perto é algo que assusta. Mas precisa ser encarada como realidade.

Dizer adeus sem uma lágrima cair é o mesmo que nascer sem chorar. Mesmo sabendo que a morte era o melhor descanso para um corpo a sofrer.

O sorriso já não tinha mais nenhum significado. O olhar já não dizia mais absolutamente nada de uma vida feliz existente.

O descanso não saberei como será, mas com a certeza que muito melhor que ver um olhar de dor e sofrimento e até arrependimento.

Quando o olhos não se encontram mais com a vida somente resta a morte levar.

O barulho da porta batia tão forte na cabeça que mal se conseguia escutar qualquer outra voz ao redor.

O ronco do motor era a mesma voz das cordas descendo o corpo. A terra ao seu corpo era apenas a forma que Deus teve para levar para si toda dor e sofrimento.

Recomeçar sem quem foi é um desafio que não será superado sozinho. Deus consola os que ficam. E é necessário lançar sobre Ele toda ansiedade sabendo que Ele cuidará de nós.

O Adeus é a expressão de amor mais dolorosa que o homem já conheceu, mas ficará na mente o eterno aprendizado que a vida deixou. Cada lágrima, cada sorriso, cada olhar e cada despedida sendo essa a mais difícil delas.

A terra cobre seu corpo como sinal de um fim. Mas fica a eterna lembrança que a vida é pra ser vivida com o intensidade.

Até a próxima...

Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 02/12/2018
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