J&S

Tarefa inexequivel descrevê-los. Dou minha palavra, não há nenhuma eficaz.

Acabaria por jogar as que talvez representassem pouco de suas grandezas. Mas seriam ineficientes. Não consigo. Árduo trabalho me calar. Mas são eles. Trabalho feito.

Vocês os conhecem? Deveriam. Todos merecem.

Deveria ser lei: “Ficam obrigados todos os cidadãos do mundo a conhecerem a história, o amor, o crescimento, a união e a vida de João e Salvelina.”

Posso garantir a lição, que dirá o entretenimento.

Não sei. Talvez a maior das conquistas tenha sido a genialidade na aceitação da acepção da palavra “ser humano”. Sim, eles souberam lidar com suas fraquezas e seus poréns. Inspiradores!

Duas pessoas muito, completamente diferentes, mas, acreditem se quiserem, não conseguimos definir quando termina um ou começa outro.

Atemporais. Não pertendem à nenhuma geração. São eles.

Contrariam os conceitos comuns atribuídos aos relacionamentos longos. O amor e a constante necessidade espontânea de sua demonstração e do toque de carinho, crescem visivelmente a cada dia, a cada ano. São irresistíveis.

Nós, que não somos eles e que não temos leis tão sábias, ficamos aqui, mesmo sem saber ou admitir, tentando um pouco de tudo isso. Em verdade são eles a luta diária de todos nós.

Outros, como eu, tentam sempre e nunca suficientemente, atraí-los, orgulhá-los, alcançá-los, mesmo que nos inundem de certezas. Perto deles, sempre queremos fazer mais. Sermos melhores. E garanto, é insaciável. É viciante.

Bom, mas eu aqui, insuportável, posso dizer e peço desculpas por isso, que tenho mais que a maioria. Muito mais. Fui autorizada e abençoada por Deus. Colocou-me pertinho e só por isso já me fez grande demais.

Posso assistir. Aprender. Receber. Crescer. Discordar (metida que sou). Reconhecer. Regredir. E, enfim, virando novamente uma menina, pedir proteção e agradecer, ao pé da cama, por me permitir ter começado tudo isso como vencedora. Sendo sua filha.

Obrigada Pai. Obrigada Mãe. Obrigada Deus.