Memória
No dia 14 de outubro de 2018, o Jornal Correio Popular, de Campinas, publicou uma reportagem na Revista Metrópole sobre grandes médicos de uma Campinas antiga, que tinha bondes, e jardineiras para as cidades próximas.
A reportagem homenageou vários médicos que clinicavam em hospitais, mas também iam ver as pessoas em suas casas.
O Dr. Falcão Miranda Cortes de Barros, o Dr. Roberto Rocha Brito, o Dr. Armando Rocha Brito.
Eu me lembrei de outros médicos, o Dr. Alfredo Gomes, o Dr. Júlio Aristides Paioli. E aí me veio à memória o Dr. Renato Henry, médico que vinha em casa atendendo as pessoas doentes.
Em 1942, com meus oito anos, quase todos os dias eu via descer a Rua Carlos de Campos, que ainda era de terra, o Chevrolet 36, cinza e azul, que era do Dr. Renato. Ele era médico nesta parte da Vila Industrial, procurado por todos. A Vila Industrial que tinham muitas ruas em formação, muito mato. Ele era muito bom médico. Curava às vezes, só de conversar com a pessoa.
Quando eu já era foguista de trens da Cia Mogiana. em 1960. passei por um acidente terrível. Muitas queimaduras, e quem tratou de mim e do meu companheiro maquinista, também vitima daquele acidente, foi o Doutor António Pires Barbosa e também seu filho médico novo na época, o Doutor António Pires Barbosa Filho. Ambos de uma competência e muito amor para tratar com dois pacientes. Estávamos com o corpo 80% queimado.
Só nas mãos deles nós pudemos voltar à vida normal.
Também nesta época, o doutor Chiquito, como era chamado, depois de fazer várias cirurgias de amígdalas vinha também participar de curativos em nós, muito doloridos. O grande Doutor Francisco Queiroz Guimarães, nesta época sempre fazia uma visita para nós, como também os doutores Dante Erbolato, Pedro de Aquino, E Um dia esteve nos visitando o Dr. Durval Valente.