ÚLTIMA LÁGRIMA DE LUZIA

Ela viu sua última lágrima sucumbir,

Pelo fogo que decretou o seu extinguir.

Na primeira, morreu jovem, se fez sumir.

Mas, na gruta, o crânio veio a se descobrir.

No Museu Nacional veio então a residir.

E apesar de só cabeça, fez brilhar seu ressurgir.

Com seus 13 mil anos, a americana se fez atrair.

E no seu novo lar, a glória veio a explodir.

Em 2 de setembro a tragédia estava por vir.

E ao seu redor, tudo em chamas se consumir.

Histórias, culturas e riquezas a se destruir.

Um crime de lesa pátria acabou com o existir.

E muitos com Luzia vieram a lamuriar.

Pois um País sem seu passado, é de afligir.

Uma perda sem tamanho, nos faz inquirir.

Um presente tormentoso, e qual futuro estar por vir?

Noélia Alves Nobre
Enviado por Noélia Alves Nobre em 03/09/2018
Reeditado em 07/09/2018
Código do texto: T6438704
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