ÚLTIMA LÁGRIMA DE LUZIA
Ela viu sua última lágrima sucumbir,
Pelo fogo que decretou o seu extinguir.
Na primeira, morreu jovem, se fez sumir.
Mas, na gruta, o crânio veio a se descobrir.
No Museu Nacional veio então a residir.
E apesar de só cabeça, fez brilhar seu ressurgir.
Com seus 13 mil anos, a americana se fez atrair.
E no seu novo lar, a glória veio a explodir.
Em 2 de setembro a tragédia estava por vir.
E ao seu redor, tudo em chamas se consumir.
Histórias, culturas e riquezas a se destruir.
Um crime de lesa pátria acabou com o existir.
E muitos com Luzia vieram a lamuriar.
Pois um País sem seu passado, é de afligir.
Uma perda sem tamanho, nos faz inquirir.
Um presente tormentoso, e qual futuro estar por vir?