CICLOS?

Trinta e três anos, não estou confuso.

Aparenta metade de um ciclo,

mas já foi idade do fim;

de Alexandre “o grande” ou de Cristo “o servo”;

homens que marcaram o mundo.

Hoje agradeço por chegar aqui;

agradeço pelas conquistas;

agradeço pelos amigos;

os que ficaram pelo caminho;

os que continuam fielmente a caminhada;

os que viram meus espinhos;

os que admiram minha estrada.

Hoje agradeço pelas vidas que vi

chegarem ao planetinha azul;

agradeço pelas que partiram para a eternidade;

sabendo que somos iguais na chegada,

mas decidimos um futuro de dualidades.

Hoje agradeço pelos amores,

os mais caros afetos que arrisquei me envolver;

homens, mulheres, crianças,

idosos que me fizeram entender;

que desta vida nada se leva;

mas coisa boas deixamos aqui;

pode ser tema de filme de terror;

ou um romance rico e lindo de amor.

Quanto tempo ainda tenho quem sabe?

Pois o relógio é pregador de peças:

não desconta o que se perde em acréscimos;

não distingue as coisas erradas das certas.

Mas continuo perguntando, dúvida que não quer calar.

Para quê estou neste plano?

Por que estradas o meu Deus me levará?

Mas uma coisa eu tenho por certo;

que não importa se é meio ou se haverá mais de mim;

se me deres mais trinta e três anos;

quero encontra-lo, no agora, no depois e no fim.