TODOS HUMANOS
Um índio não domesticado
Em nada difere
De um homem branco desalmado
Que brutalmente fere
A sabedoria Divina.
Com a sua pele branca
O homem labuta e não alcança
O valor das cultas danças
Que o índio oferece.
Em pé de igualdade
Os dois sem vaidade
São criaturas iguais.
Quando a cultura circunda
A cor da pele é detalhe
O abismo se torna vale
Repleto de obra fecunda
Que não escolhe raça.
Se na vida há diferenças
Com a morte, clareiam as crenças;
De que a alma não tem raça
E não tem cor.
Luciênio Lindoso.