Tributo a um vaqueiro
Lá pelas bandas do Tamanduá
viveu o povo dos Bigis
nasceu um bocado de gente
galegos de sangue quente
mas nenhum era como o Piaba
que corre boi no mato
que enfrenta boi valente.
Cabelos brancos e voz forte
rasga a caatinga com rasos cortes
protegido com o terno gibão
nos paramentos ele confia
a coragem de campeão
a poeira vai cobrindo
enquanto vara o sertão
e termina com a toada
com todas as notas marcadas
assim levanta a boiada
e anima a vaquejada.
Zé Piaba da Barra Nova
de Marinalva, dos Bigis
Zé Piaba das vaquejadas
das festas de apartação
Zé Piaba da família
que vive de laço na mão
laçando a alegria com força
laçando o respeito e a gratidão.
Beth Ferreira.
Poema feito em homenagem a um grande vaqueiro e amigo da família, José Nunes da Mota, Zé Piaba.