LISTA DOS SANTOS GUERREIROS DO CATOLICISMO: Longino, São Jorge, Sebastião, Demétrio, Cristóvão, Expedito, João e Paulo, Joana D'Arc, Inácio de Loyola, José Sanches del Rio, etc.
"26 Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?" Mateus 16:26
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Lista de santos militares:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_militar
David Woods. «21 santos soldados, incluindo São Demétrio, São Jorge e São Cristóvão» (em inglês). The Military Martyrs. Consultado em 19 de junho de 2012.
Santo Acácio de Bizâncio, patrono dos soldados
e um dos Santos Auxiliares
Santo Adriano de Nicomédia
Santo Alfredo, o Grande, rei da Inglaterra
Santo Artêmio de Antioquia
São Crescentino
São Constantino XI Paleólogo,
último imperador bizantino e mártir da Igreja Ortodoxa
São Demétrio de Tessalônica
Santo Eustáquio, um general romano,
mas que, no ocidente, aparece geralmente em cenas de caça
Santo Expedito
São Floriano, patrono dos bombeiros
Os Quatro Santos Marechais
São Jorge
São Gereão de Colônia
Santo Inácio de Loyola
Santiago Maior, que era Tiago, filho de Zebedeu
e foi reinterpretado como "Santiago" durante a Reconquista espanhola
São Longino, que foi o soldado
que perfurou o corpo de Jesus na crucificação
Santa Joana d'Arc
Santos João e Paulo
São Ladislau da Hungria,
cujo culto era profundamente enraizado
na Europa Central na Idade Média
São Marcelo de Tânger
São Martinho de Tours
São Maurício e todos os demais membros da Legião Tebana
(como São Cândido, Santo Alexandre de Bérgamo e outros)
São Mercúrio
São Miguel Arcanjo
São Menas
São Nuno de Santa Maria, Condestável de Portugal
Santo Orestes (ou Edisto)
São Procópio
São Sebastião
Santos Sérgio e Baco, protetores do exército bizantino
São Terêncio de Pesaro
São Teodoro de Amaseia
São Teodoro Estratelate
São Tipásio
São Vítor
São Guilherme de Tolosa
John Edward Damon, 2003. Soldier Saints and Holy Warriors: Warfare and Sanctity in the Literature of Early England. (Burlington (VT): Ashgate Publishing Company) ISBN 0-7546-0473-X. (em inglês)
Ao se recusar a participar dos rituais de lealdade ao imperador (veja culto imperial), o santo dava causa para castigos corporais que podiam escalar até a tortura — que milagrosamente podia não afetá-lo — e mesmo assim ele não nega a sua fé e acaba martirizado. Um outro epíteto comum para este tipo de santo era "atleta de Cristo" (athleta Christi).
Na Antiguidade tardia outros autores cristãos de hagiografias, como Sulpício Severo em seu relato sobre a heroica vida militar de São Martinho, criaram um modelo literário que refletia os novos ideais espirituais, políticos e sociais da sociedade pós-romana. Num estudo recente sobre os santos militares anglo-saxões[1], J.E. Damon demonstrou que a persistência do modelo literário de Sulpício de transformação de santos piedosos e pacíficos e mártires voluntários da hagiografia da Antiguidade tardia em heróis cristãos da Baixa Idade Média, o que gerava um forte apelo às recém-convertidas sociedades lideradas por guerreiros profissionais e que eram exemplo da acomodação com e, por vezes, da participação ativa nas guerras santas que eram consideradas justas. Um desenvolvimento similar no culto de São Demétrio de Tessalônica foi observado: embora ele tenha sido sempre descrito como um soldado, as suas representações artísticas o mostraram em roupas civis por séculos até por volta da virada do milênio, quando ele passa a aparecer quase sempre completamente armado
O protótipo angélico do santo soldado cristão é o Arcanjo Miguel, cujo culto mais antigo conhecido começou no século V com o Santuário do Monte Sant'Arcangelo em Monte Gargano.
São Procópio.
Afresco na Igreja de Chora, em Istambul.
Os santos militares da Igreja Ortodoxa são, de forma geral, mais proeminentes em suas respectivas devoções em suas igrejas que os católicos, especialmente quando a crise militar no Império Bizantino se aprofundou. Eles são geralmente representados prontos para o combate, ao contrário dos santos militares católicos. Os mais importantes são São Jorge, São Demétrio de Tessalônica (este dois geralmente aparecem juntos, a cavalo ou a pé, em ícones), São Teodoro, o General, e São Teodoro, o Recruta. É notável que a base base história para todos eles seja essencialmente inexistente. Bóris e Gleb, personagens reais históricos, foram adicionados à lista ortodoxa na época da conversão de vários países eslavos.
Destes, São Jorge foi exportado para o ocidente durante o período das Cruzadas e se tornou o mais importante santo militar a aparecer "em serviço ativo" no mundo católico - São Sebastião quase sempre aparece como mártir. Como nas representações bizantinas, ele aparece quase sempre pronto para o combate nas católicas.
A devoção dos santos militares tende a reforçar durante períodos sombrios: uma segunda onda deles, com uma base histórica mais firme, apareceu na Alta Idade Média, sendo o exemplo mais proeminente Santa Joana d'Arc.
Um tipo tardio de santo soldado é Santo Inácio de Loyola, que desistiu do serviço militar para formar uma ordem religiosa.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_militar
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"AGNOSCE, O CHRIASTIANE. DIGNITATEM TUAM." LEÃO MAGNO - PAPA
FONTE DA ORAÇÃO EM LATIM: "AGNOSCE, O CHRIASTIANE. DIGNITATEM TUAM." LEÃO MAGNO - PAPA
"Reconhece, ó cristão, a tua dignidade e, agora que você compartilha na própria natureza de Deus, não retorne ao seu ex-retorno à condição de base por más ações."
https://w2.vatican.va/content/pius-xii/it/speeches/1944/documents/hf_p-xii_spe_19441209_esercizi-spirituali.html
Tradução da oração acima: Reconhece, ó cristão, tua dignidade.
Leão Magno - Papa da Igreja Católica ( ("Doctor Ecclesiae" -
Nascido
em 29 de setembro de 440 e falecido em 10 de novembro de 461.
Um aristocrata... 10 de novembro de 461 - 21 anos no papado.)
https://www.recantodasletras.com.br/linguistica/6355634
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A ROSA E O TRIGO Dom Belchior Joaquim da Silva Neto (RECITATIVO), bispo falecido de Luz.
Vibrava, alegre, o sino do mosteiro,
Como só vibra nas manhãs formosas.
De minha ceia, à frente, num canteiro,
Eu assistia ao desfolhara das rosas.
Vi a ramagem palpitar ligeira,
Ao doce vento carinhoso e amigo,
E contemplava embaixo da roseira
Humilde espiga do mais louro trigo.
A linda rosa, sacudindo as ramas,
Toda orgulhosa, punha-se a dizer
- “Pobre galhinho, como tu te chamas?
Que triste sorte tem o teu viver?!”
Todo o jardim, a rebrilhar de orvalho,
Voltou-se à rosa pra escutar também.
- Sou um pobre trigo, lhe murmura a galho,
Mas, não invejo a sorte de ninguém!
- Que presunçoso! Grita-lhe a rainha
És um raminho rastejante, imundo!
Levanta as vistas à beleza minha,
Vê como atraio o olhar de todo mundo!
- És bela, eu sei... Por que zombar, contudo,
De minha sorte de viver assim?
Ó linda rosa, se eu contasse tudo...
Tu é que estavas a invejar de mim!
-Pequeno galho, lhe responde a rosa
Falas tão firme, decidido e sério,
Não te desprezo. Pões-me curiosa...
Quem sabe em ti se oculta algum mistério?!
Quem sabe, ó trigo, alguma incerta fada
Vai te mudar em Rei de amor e glória!
E a espigazinha numa voz velada:
- Ó bela rosa, escuta a minha história.
“Disseste bem: num mísero raminho,
Sou feia e pobre, rastejante e... só!
Mas, brevemente, posta num moinho,
Serei de todo convertida em pó!
Por que zombar de minha desventura?!
Ó linda rosa, ver-em-às, um dia,
Mudada em pó, depois em Hóstia pura,
Trazendo o Deus da Santa Eucaristia!
Vês, bela flor, eu vou me transformar
Num Rei formoso de um poder sem fim!
Outro viver em mim terá lugar...
É o próprio Deus que viverá em mim!”
Quando caiu a tarde no Mosteiro
E a natureza se mostrou radiosa,
Estava lindo o trigo do cativeiro,
Todo afogado em pétalas de rosa!
FONTE:
MILAGRE, Sebastião Bemfica e VALE, Gentil Ursino. Mar, todas as águas te procuram. Divinópolis, MG: ADL, 1962. P. 18 e 19.
Leia meus escritos em RECANTO DAS LETRAS,
procurando J B Pereira (sem ponto entre as letras).
J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 18/10/2012
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São José Sanches del Rio - mártir mexicano com 14 anos de idade.
JB Pereira - Textos - Recanto das Letras
https://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?pag=7&id=104129...
A poética de Sebastião Bemfica Milagre em J B Pereira. ... HOMENAGEM A São José Sánchez del Río, MÁRTIR DA FÉ NO MÉXICO (*28 de Março de 1913; .
JB Pereira - Textos - Recanto das Letras
https://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=104129
HOMENAGEM a São Carlos Lwanga e seus 21 companheiros (mártires africanos). J B ... 2018 - CORPUS CHRISTI - HOMENAGEM DE J B PEREIRA - "... está ...
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Negros santos mais conhecidos! Rogai por nós ... - Recanto das Letras
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SÃO CARLOS LWANGA - Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda. Acontece ... São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, .... Enviado por J B Pereira em 04/11/2017
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HOMENAGEM A São José Sánchez del Río, MÁRTIR DA FÉ NO MÉXICO (*28 de Março de 1913; +10 de fevereiro de 1928.)
Homilia do Cardeal José Saraiva Martins durante a Missa de Ação de Graças pela Beatificação de José Sánchez del Río [Sahuayo (Michoacán, México), 21 de novembro de 2005]
[Espanhol]
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/csaints/index_po.htm
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Mas então, em que consiste esta vocação universal a sermos santos?
E como a podemos realizar?
O Papa Francisco responde:
- A santidade é um dom, é a dádiva que o Senhor Jesus nos oferece, quando nos toma consigo e nos reveste de Si mesmo, tornando-nos como Ele é.”
- Para ser santo, não é preciso ser bispo, sacerdote ou religioso: não, todos somos chamados a ser santos!
- Quando o Senhor nos convida a ser santos, não nos chama para algo pesado, triste…
- Pensemos em Nossa Senhora, tão boa e bela, e recitemos o Rosário. Também este é um passo para a santidade.
http://jovensconectados.org.br/o-que-significa-ser-santo-o-papa-francisco-explica.html
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FILME:
http://www.acidigital.com/noticias/7-coisas-que-deve-saber-sobre-sao-jose-sanchez-del-rio-71104/
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“Nunca foi tão fácil ganhar o Céu como agora; não posso perder essa oportunidade!”, disse o futuro mártir à sua mãe. Diante de tão ardente e heroico desejo de santidade, dona Maria del Rio não lhe pôde negar a bênção.
http://www.ofielcatolico.com.br/2006/07/jose-luis-sanchez-del-rio-vida-e.html
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" Tesouros da Igreja Católica
A fé cristã é, essencialmente, a religião do Logos, pensamento, razão, palavra.O cristianismo é expressão da verdade mais profunda do ser e da existência; é bom e belo porque é verdadeiro, alicerça-se numa realidade efetiva e não num conjunto de crenças irracionais e míticas. (Dom Henrique Costa)
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" Na prisão, José escreveu à sua mãe (Carta):
Minha querida mãe,
Fui feito prisioneiro em batalha. Imagino que vá morrer em breve, mas eu não me importo. Aceite a vontade de Deus, morrerei feliz ao lado de Cristo. Não se preocupe com minha morte, isto me deixaria triste.
Diga a meus irmãos para seguir o exemplo do filho mais novo
e fazer a vontade de Cristo. Tenha coragem e envie-me suas bênçãos.
Mande lembranças a todos por uma última vez e receba o coração deste filho que tanto de ama e que desejaria lhe ver uma última vez antes de morrer."
Ao chegar ao cemitério, caminhou até sua cova. Os soldados lhe apunhalaram várias vezes, mas José continuava vivo, falando de Jesus e Maria. Um oficial chegou perto e perguntou-lhe: Agora, o que queres que diga a seus pais? Respondeu-lhe: Diga que nos veremos nos céus! Viva a Cristo Rei! O oficial deu um tiro em sua cabeça."
" (...) O novo santo, canonizado neste domingo, 16 de Outubro, viveu em tempos de perseguição à Igreja Católica. O governo do México declarou guerra a Igreja Católica, levando seus fiéis a defesa através das armas, um movimento conhecido como Cristeiros. Sua heróica resistência, a Cristiada, começou em 1926."
http://tesourosdaigrejacatolica.blogspot.com.br/2016/10/sao-jose-sanchez-del-rio.html
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" 7 coisas que deve saber sobre São José Sánchez del Río
Imagem de São José Sánchez del Río / Foto: Facebook Templo José Sánchez del Río
REDAÇÃO CENTRAL, 10 Fev. 17 / 10:00 am (ACI).-
“Joselito”, como é conhecido o pequeno que deu testemunho de Cristo, foi torturado e assassinado em 10 de fevereiro de 1928 pelos oficiais do governo de Plutarco Elías Calles porque se recusou a renunciar a sua fé.
A guerra cristera no México começou depois da legislação anticlerical de 1926 promovida por Calles. Os católicos que se levantaram com armas em defesa da fé foram chamados cristeros.
A seguir, confira 7 coisas que deve saber sobre a vida de São Joselito, explicado pelo postulador da causa de canonização, Pe. Fidel González Fernández , em diálogo com o jornal ‘El Pueblo Católico’.
1. Ele pediu a Deus a graça de morrer mártir
Quando a sua família se mudou para Guadalajara, José visitou a tumba do advogado Anacleto González Flores, martirizado no dia 1º de abril de 1927. Ali, o menino pediu a Deus a graça de poder morrer como Anacleto em defesa da fé católica.
Uma das 27 testemunhas durante o seu processo indicou que o jovem decidiu se unir aos cristeros nessa visita-peregrinação. A sua decisão se tornou mais forte e implorou aos seus pais para que autorizassem que se unisse aos cristeros.
No início, eles negaram por causa de sua pouca idade. Ele mesmo chegou a dizer à sua mãe: “nunca foi tão fácil como agora ir para o paraíso”. No final, deram-lhe sua permissão e bênção.
2. Deu a vida por um cristero
José serviu aos cristeros – que inicialmente não quiseram aceitá-lo porque era jovem e pelo perigo ao qual estaria exposto – como porta-estandarte da imagem da Virgem de Guadalupe, mas não chegou a participar ativamente nos confrontos armados.
Em 6 de fevereiro de 1928, durante um confronto entre as tropas do governos e os cristeros, atiraram no cavalo do chefe cristero Luis Guízar Morfin.
Joselito desceu do seu cavalo e em um “ato heroico” para que o chefe não fosse preso, disse-lhe: “Meu general, pegue o meu cavalo para que se salve; você é mais necessário e fará mais falta do que eu nesta guerra”.
Então Guízar Morfín conseguiu fugir e o jovem foi capturado junto com o seu amigo Lázaro.
3. O local do seu batismo foi sua prisão
Depois de ser capturado em 7 de fevereiro de 1928, Joselito foi preso no batistério da igreja de São Tiago Apóstolo, em Sahuayo, que havia sido transformado em um cárcere e cavalaria das tropas do governo. Assim, o local onde ele foi batizado se tornou sua prisão.
4. Defendeu uma igreja transformada em galinheiro
O postulador contou que o tabernáculo e presbitério da igreja onde estava preso foram transformados em um galinheiro, onde treinavam os galos de briga do governador.
José “reagiu com força, matando os galos, sem medo das ameaças de morte”. Então, disse ao carcereiro: “A casa de Deus é para orar, não para refúgio de animais. Estou disposto a tudo. Fuzile-me para que eu esteja logo diante de Nosso Senhor e peça para confundi-lo!”.
5. Viveu a sua fé sem medo do perigo
O Presidente Plutarco Elías Calles promulgou várias restrições à Igreja e as pessoas que ousavam desobedecer e professar a sua fé eram enviados para a prisão e executadas.
“Participava das catequeses e estava muito comprometido nas difíceis atividades paroquiais (...) recebia os sacramentos, quando podia, pois o culto público estava proibido, colocando a sua vida em perigo; rezava o terço todos os dias com a sua família. Embora ainda fosse muito jovem, José compreendia bem a perseguição que estavam vivendo no México”, indicou o postulador.
“A etapa da adolescência – explicou o sacerdote – tem características especiais muito conhecidas: tempo de buscar um modelo para se identificar e de um ideal que fundamenta a vida. José o encontrou em Cristo e seu maior desejo foi se entregar totalmente em favor da Igreja ofendida”.
6. Seu padrinho de primeira comunhão mandou assassiná-lo
Segundo recordou o postulador, o padrinho de primeira comunhão de Joselito foi Rafael Picazo Sánchez. Também tinham parentesco e era amigo da família.
Foi ele quem, influenciado pelo presidente Calles e seu ódio pela Igreja, mandou assassiná-lo. É considerado “o autor intelectual” do martírio de Joselito.
7. Cortaram a sola dos seus pés
No principio, Rafael Picazo não queria assassiná-lo, assim fez várias propostas tentadoras ao menino a fim de que renunciasse a sua fé. Ofereceram-lhe inscrevê-lo na prestigiosa escola militar do regime e até mesmo enviá-lo aos Estados Unidos. Entretanto, Joselito recusou a proposta.
Então, Picazo pediu à sua família 5 mil pesos de ouro para pagar o seu resgate. Seu pai conseguiu o dinheiro, mas José pediu para que não pagasse o resgate, porque ele já tinha oferecido a sua vida a Deus e “a sua fé não estava à venda”.
Duas testemunhas do seu martírio contaram que cotaram a sola dos seus pés e lhe obrigaram a caminhar descalço até sua tumba, enquanto batiam nele.
O Pe. Gonzalez disse que “queriam obrigá-lo a abandonar a fé com a tortura, mas não conseguiram. Seus lábios somente se abriram para gritar ‘Viva Cristo Rei! Viva a Virgem de Guadalupe!’”.
No cemitério, o chefe dos soldados ordenou que o esfaqueassem para que os tiros não fossem ouvidos. A cada facada, José gritava: “Viva Cristo Rei!!”, “Viva a Virgem de Guadalupe!”. Depois, o chefe deu dois tiros na sua cabeça. Eram 23h30 do dia 10 de fevereiro de 1928.
Hoje é a festa de São José Sánchez del Río, o menino cristero que morreu mártir http://www.acidigital.com/noticias/hoje-e-a-festa-de-sao-jose-sanchez-del-rio-o-menino-cristero-que-morreu-martir-43825/
Hoje é a festa de São José Sánchez del Río, o menino cristero que morreu mártir
São José Sánchez del Río foi um menino que se alistou nas filas dos cristeros e que morreu mártir na perseguição religiosa que o México sofreu na segunda década do século XX.
São José Sánchez del Río, Martírio, mártires, Guerra Cristera, Cristeros, México."
http://www.acidigital.com/noticias/7-coisas-que-deve-saber-sobre-sao-jose-sanchez-del-rio-71104/
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http://blog.cancaonova.com/amigosdoceu/2014/11/24/beato-jose-luis-sanchez-del-rio/
Enviado por J B Pereira em 20/05/2017
Reeditado em 03/06/2017
Código do texto: T6004617
Classificação de conteúdo: seguro
https://www.recantodasletras.com.br/homenagens/6004617
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Santo do dia
26/06/2018
Santos João e Paulo, mártires
26-06Existe uma Paixão que narra os feitos dos santos João e Paulo, irmãos de sangue e de fé, decapitados secretamente em sua casa no Célio e aí sepultados, na noite de 26 de junho de 362, durante a perseguição reavivada pelo imperador Juliano, o Apóstata. João e Paulo eram irmãos ricos e generosos para com os pobres. Juliano, que planejara pôr as mãos em seus bens, que lhes tinham sido confiados por Constantina, filha de Constantino, convidou os irmãos à corte. Mas ambos rejeitaram decididamente por causa da impiedade dele. O chefe da guarda imperial, Terenciano, foi então à casa deles no Célio com a intimação de oferecerem dentro de dez dias incenso à estátua de Júpiter.
Ao esgotar o décimo dia de espera, Terenciano, após uma última e vã tentativa de convencê-los de idolatria, como narra a Lenda áurea, “mandou que fossem degolados secretamente e fossem sepultados em sua própria casa”. O sucessor de Juliano, o imperador Joviniano, encarregou o senador Bizante de procurar os corpos dos irmãos João e Paulo e de construir uma igreja sobre seu túmulo. Parece todavia que a perseguição de Juliano Apóstata atingiu só os cristãos do Oriente, onde Juliano residia, e não os cristãos de Roma; alguns estudiosos acham por isso que se deva antecipar o martírio dos dois irmãos de mais de meio século e situá-lo no tempo da perseguição de Diocleciano.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
https://www.paulus.com.br/portal/santo/santos-joao-e-paulo-martires#.W3jqePlKjcc
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São Jorge, o santo guerreiro
São Jorge, santo católico comemorado no dia 23 de abril, é padroeiro
de Portugal, Inglaterra e Catalunha. É padroeiro de todos os soldados, escudeiros e todos aqueles ligados às ordens militares.
O podcast da redação, dessa semana, vai falar sobre esse santo.
Ouça:
Quem é São Jorge?
São JorgeSão Jorge, do século V d.C., é um santo militar,
porque era romano. Diante da perseguição do império romano Diocleciano aos cristãos, Jorge não suportou ver tantos martírios;
e a população que estava sendo martirizada não negava Jesus Cristo.
O soldado Jorge, olhando para a questão do martírio e vendo-se
diante da morte dos cristãos, decidiu ser cristão e aceitou a Jesus Cristo. São Jorge foi martirizado na Palestina, em 303, e decapitado.
A partir da morte de São Jorge, muitos cristãos começaram
a ser devotos dele.
Por que, no Brasil, São Jorge é associado a outras crenças?
Porque, como ele é um santo guerreiro, atribui-se a São Jorge
a vitória na luta contra um dragão. Porém, é preciso ficar claro
que o dragão simboliza as paixões mudanas e também o próprio satanás.
Qual a relação de São Jorge com o dragão?
Muitos diziam que São Jorge, por ser um guerreiro, iria vencer
o mal e libertar as pessoas do demônio, ou seja, o do dragão.
Essa luta do santo com o dragão simbolizava que Jorge podia ser invocado como intercessor para vencer o inimigo, aquele
que ataca as nossas paixões, que quer nos levar à perdição.
No Novo Testamento, o Apocalipse ressalta que o dragão perseguiu
a mulher [Nossa Senhora] e a Igreja; São Jorge veio combater
esse dragão para proclamar o nome de Cristo.
O São Jorge que a Igreja Católica invoca e pede por sua intercessão
é aquele que foi martirizado pelo nome de Jesus Cristo.
Não há mal nenhum pedir a interseção de São Jorge, pois ele é santo católico, ele é mártir. Assim como ele deu seu sangue como os outros mártires da Igreja Católica, precisamos também pedir a sua interseção, mas, em primeiro lugar, temos de rezar.
https://blog.cancaonova.com/redacao/saiba-mais-sobre-sao-jorge/
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A Morte de Santo Expedito
Santo Expedito foi preso pela ordem de Diocleciano e foi forçado
a renunciar à sua nova fé. Porém, ele não renunciou.
Seus castigos começaram pela flagelação romana: 39 chicotadas com
o flagrus, chicote que dilacera a pele e causa hemorragia.
Expedito tinha aplicado este mesmo castigo a bandidos e indisciplinados. Agora, ele os recebia por causa de Jesus Cristo.
E ele permaneceu firme e julgando-se indigno de sofrer
o mesmo castigo que Jesus sofrera, aplicado por soldados romanos,
como estava acontecendo com ele.
Por fim, não renunciando à sua fé, Santo Expedito foi decapitado
com espada, por ordem do Imperador Diocleciano,
no dia 19 de abril de 303, em Melitene na Armênia.
Canonização
Como Santo Expedito foi morto por causa de Jesus Cristo,
ele se tornou um mártir da Igreja e santo reconhecido oficialmente.
Sua bravura diante dos sofrimentos por causa da fé serviu de exemplo para grande parte dos soldados de sua Legião, fazendo-os permanecer firmes em sua fé. O exemplo de Santo Expedito arrastou milhares
de cristãos na Armênia e, logo, ele passou a ser venerado como santo,
o santo das causas urgentes.
Imagem de Santo Expedito
Santo Expedito é representado como um Comandante Romano,
vestindo uma túnica branca, uma armadura de superior
e um manto vermelho sobre os ombros. Em sua mão direita
ele levanta uma cruz com a palavra Hodie (Hoje).
Na mão esquerda ele tem uma palma, representando o martírio
e a vitória dos mártires. Seu pé direito pisa sobre um corvo,
que grita a palavra Cras, (amanhã).
A imagem simboliza a grande mensagem de Santo Expedito:
Não adie sua conversão, não deixe para amanhã aquilo
que deve ser feito hoje, não procrastine!
Oração de Santo Expedito
A PODEROSA ORAÇÃO DE SANTO EXPEDITO
Meu Santo Expedito das Causas Justas e Urgentes.
Socorrei-me nesta hora de aflição e desespero, interceda
por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vós que sois um Santo guerreiro.
Vós que sois o Santo dos aflitos.
Vós que sois o Santo dos desesperados.
Vós que sois o Santo das causas urgentes.
Protegei-me. Ajudai-me. Dai-me força, coragem e serenidade.
Atendei ao meu pedido. (fazer o pedido).
Ajudai-me a superar estas horas difíceis, protegei-me de todos
que possam me prejudicar.
Protegei minha família, atendei o meu pedido com urgência.
Devolva-me a paz e a tranquilidade.
Serei grato pelo resto de minha vida e levarei se nome a todos
que tem fé.
Santo Expedito, rogai por nós. Amém.
https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santo-expedito/122/102/#c
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Os 10 "Santos" mais duros na queda
por Zé Luís
Quando se fala sobre “santo”, logo nos vem a imagem de pessoas introvertidas, silenciosas, com aquele olhar tuberculoso e perdido no nada das imagens religiosas.
A história está repleta de pessoas canonizadas com histórias surpreendentes e curiosas, . Abaixo, a lista analisa dos dez - chamados - santos mais durões que já andaram sobre a Terra - homens e mulheres que, além de reconhecidos como santos pela ICAR, eram geniosos e não levavam desaforo para casa.
Para a ICAR, um santo, resumidamente, é alguém que viveu uma vida de virtudes. Muitos dos santos da Igreja primitiva o são por aclamação geral. Em outras palavras, eram tão populares que simplesmente passaram a ser tratados como tal. Desde muito cedo no cristianismo, alguém era declarado como tal pelo papa (ou, no caso dos mártires, pelo Bispo local).
Biblicamente, ser "santo" se refere a qualquer pessoa que está nos céus - não apenas aqueles assim chamados pela Igreja. Mas chega de detalhes - aqui estão dez santos que você não quer se encontrar num beco escuro.
10. São Francisco de Assis
Canonizado em 16 julho de 1228, pelo Papa Gregório IX
Francisco de Assis é mais lembrado na cultura popular como o padroeiro dos animais - o santo que falava com bichos e acalmava feras. Embora seja verdade que houve muitos relatos de milagres em relação aos animais na vida de Francisco, ele é mais reverenciado na ICAR por causa de sua estrita pobreza, estigmas e os esforços para corrigir problemas na Igreja em tempos de crise.
O que a maioria não sabe (incluindo muitos religiosos) é que Francisco era tão devoto em suas crenças que seguiu para o Egito em 1219 para se tornar um mártir - ele planejava converter um grupo de muçulmanos e, em seguida, ser morto. Aquela era uma esperança que quase se tornou realidade:
Francisco foi recebido pelo Sultão Melek-el-Kamel, a quem queria converter, e sugeriu que seus alunos muçulmanos fossem submetidos a um teste da verdadeira religião pelo fogo. Eles se recusaram, por isso São Francisco ofereceu-se para entrar numa fogueira e, se sua fé fosse capaz de deixá-lo intacto, eles teriam que concordar que o único Deus era quem o protegia, provando ser o Deus cristão, o verdadeiro. O sultão rejeitou sua oferta, mas ficou tão impressionado que permitiu a Francisco que pregasse livremente em suas terras - uma concessão inacreditável, considerando que o país estava no meio da guerra contra os cruzados do Ocidente. Este santo foi definitivamente um homem de aço.
9. São Luís IX
Canonizado 1297, pelo Papa Bonifácio VIII
Luís reinou na França de 1226 até sua morte em 1270, e é o único Rei francês canonizado. Foi coroado rei com 12 anos de idade, após a morte do pai, o Rei Luís VIII. Por causa de sua juventude, sua mãe, Branca de Castela, governou a França como regente durante a menoridade. Ele passou duas cruzadas durante sua vida, uma com trinta e outra com meio século de vida, o que não é tarefa fácil considerando a truculência das campanhas. A primeira começou com a captura de Port Damieta, em 1249, e foi para a Batalha de Fariskur, onde perdeu o seu exército, sendo capturado pelos egípcios e libertado após um resgate de 400 mil libras (quase o dobro das receitas anuais da França), retornando da cidade de Damieta.
Talvez o mais significativo para Rei Luís ser considerado um santo durão foi que ele passou sua vida nas batalhas, usava um cilício (corrente de metal desgastado bem afiada para provocar dor e sangramento às vezes) ao redor das pernas e cintura. Quando os seus sofriam por causa de cicatrizes de batalha, o rei estava sofrendo duas vezes. Seu fim ocorreu em sua segunda cruzada, quando ele morreu – como se esperava de reis honrados - no meio de uma batalha sangrenta.
8. São Jorge
Século 4 dC
São Jorge é, sem dúvida um dos santos mais conhecidos nesta lista. Foi soldado romano do século III e um padre da Guarda de Diocleciano, venerado como mártir cristão. É considerado o santo militar mais importante e um dos mais reverenciados no mundo ocidental. George foi criado como cristão e decidiu em uma idade jovem que queria ser soldado, juntando-se ao exército de Diocleciano e, em pouco tempo, era um dos melhores soldados da região. Algum tempo depois, Diocleciano decidiu que todos os soldados cristãos deveriam renunciar à sua fé, tornando-se pagão. George recusou-se . Diocleciano tentou convencê-lo, não queria perder seu melhor soldado, mas George estava irredutível.
Reconhecendo a inutilidade de seus esforços, Diocleciano ficou sem alternativas que não fosse a execução por sua recusa. Antes da execução, George doou seus bens aos pobres e se preparou. Depois de várias sessões de tortura, incluindo laceração de uma roda de espadas, no qual foi reanimado por três vezes, George foi decapitado na cidade de Nicomédia, em 23 de abril, 303.
Antes de tudo, ele é considerado durão por ter matado um dragão ou assim diz a lenda. Abaixo a história de São Jorge e o Dragão:
"Na versão ocidental, que se desenvolveu como parte da Golden Legend, o dragão ou crocodilo fazia seus ninhos na Primavera na nascente que fornece água para a cidade de" Silene "(talvez a atual Cirene) na Líbia ou a cidade de Lida(dependendo da fonte). Por conseguinte, os cidadãos têm para afastar o dragão de seu ninho por certo tempo, para coletar água. Para isso, eles oferecem diariamente ao dragão, inicialmente ovelhas e, se nenhuma pudes ser encontrada, então uma jovem deve ir, em vez do animal. A vítima era escolhida por sorteio. Um dia, isso acontece com a princesa, e o monarca implora para que sua vida seja poupada, sem sucesso. Ela é oferecida ao dragão, quando surge São Jorge, em meio à suas viagens. Ele enfrenta o dragão, protegendo-se com o sinal da cruz, mata o dragão, e resgata a princesa. Os cidadãos locais, agradecidos, abandonam seu paganismo ancestral e convertem-se ao cristianismo. "
7. Santo Inácio de Loyola
Canonizado 12 de março de 1622 pelo Papa Gregório XV
Inácio de Loyola (Basco: Ignazio Loiolakoa, Espanhol: Ignacio de Loyola) (1491 - 31 de julho de 1556) foi um cavaleiro espanhol de uma família basca nobre, eremita, sacerdote desde 1537 e teólogo . Fundou a Sociedade de Jesus (Jesuítas ) e foi seu primeiro Superior Geral. Inácio foi um cavaleiro extremamente brilhante, lutou em muitas batalhas, sem sofrer qualquer ferimento, até que em 20 de maio de 1521, um balaço feriu uma das pernas e quebrou a outra. Imperturbável, levantou-se e saiu mancando de volta ao castelo. Sua cirurgia foi realizada sem anestesia - um tratamento que os homens de hoje se recusam. Parte de seu osso da perna teve que ser cortado, e a operação foi um desastre. Apesar do fato dele ter ficado com uma perna mais curta que a outra (o que levou os médicos a colocar pesos sobre a perna para esticá-la de volta, para fora), ele sobreviveu e passou a liderar uma das mais famosas ordens religiosas do mundo (inspirado nos textos religiosos lidos enquanto se recuperava de bala de canhão).
6. São Simeão Estilita
Século V
Simeão Estilita viveu por 37 anos em pé, em cima de uma pequena plataforma sobre um pilar de altura. Isso é suficiente para rotulá-lo duro-na-queda. Antes disto, passou 40 dias fechado em uma pequena cabana, sem comida ou água. Quando saiu, foi tido como um milagre. Os peregrinos se reuniram para ver São Simeão e erguiam pilares mais alto para ele ficar . No fim, s ua coluna já tinha 15 metros de altura.
Ele vivia de pão de leite de cabra doados por crianças do local, e se recusava a aproximação de qualquer mulher perto do pilar (incluindo a sua mãe), deixando que subissem em uma escada para conversar com ele e pedir conselhos.
São Simeão, verdadeiramente firmou seu nome nos anais da história dos durões quando desenvolveu uma úlcera na coxa que infeccionou e levou à sua morte - em pé.
5. Joana d'Arc
Canonizado em 16 de maio de 1920, pelo Papa Bento XV
"Avante! Eles são nossos! "
Esse foi o grito de batalha de Santa Joana d'Arc, a jovem virgem, que liderou o exército francês a várias vitórias importantes durante a Guerra dos Cem Anos, abrindo caminho para a coroação de Charles VII.
Em uma batalha, Joana foi atingida no pescoço por uma flecha. Ao contrário da maioria dos homens na guerra, ela não se rendeu, levantou-se, tirou a flecha e continuou a liderar o exército. Em outra batalha, enquanto escalava um muro para atacar os ingleses, foi atingida na cabeça com uma bola de canhão – e como é de se esperar de um santo guerreiro, balançou a cabeça e continuou a subir. Sua liderança (e estilo de batalha, que foi de acatar a 100% ) amedrontava o Exército Inglês, onde quer que ela aprecesse.
Ela foi capturada pelos borgonheses, vendida aos ingleses, julgada por um tribunal eclesiástico e queimada viva na fogueira aos dezenove anos. 25 anos depois, o Papa (o Papa Calisto III) investigou o julgamento, a pedido da mãe de Joana, Isabelle Romée, e o Inquisidor Geral revogou a acusação, declarando Joana mártir. Levou 500 anos para que fosse oficialmente canonizada.
A propósito: ao contrário da crença popular, Santa Joana não vestia roupas masculinas: ela lutou contra todas as suas batalhas em um vestido com uma armadura por cima.
4. São Vladimir de Kiev
Entre os séculos X e XI
Que “santo” tinha centenas de concubinas, várias esposas de todo o mundo, incontáveis filhos, e um exército de pagãos? São Vladimir de Kiev!
Vladimir foi grão príncipe de Kiev, converteu-se ao cristianismo em 988, mas antes de sua conversão foi um sujeito bem depravado. Desde o início do seu reinado em 980, usurpou terras, matando pessoas, teve filhos e, em geral, na forma de estupro. Em algumas ocasiões ele, sendo um bom pagão, tomou parte nos sacrifícios humanos:
"Em 983, depois de outro de seus sucessos militares, o príncipe Vladimir e seu exército julgou ser necessário sacrificar vidas humanas aos deuses. Sortes foram lançadas e caiu sobre um garoto, chamado Ioann, filho de um cristão, Fyodor. Seu pai estava irredutivel contra o seu filho ser sacrificado aos ídolos. Mais do que isso, tentou mostrar aos pagãos a futilidade da sua fé:
"Seus deuses são apenas de madeira simples: ele está aqui agora, mas amanhã podem apodrecer em esquecimento; teus deuses não comem, nem bebem ou falam e são feitos por mão humana, com madeira, e que só há um Deus. Este é adorado pelos gregos e que criou os céus e a terra E seus deuses? Não criaram nada, pois eles foram criados. Nunca vou dar meu filho para o diabo !"
Curiosamente, foi este discurso que fez Vladimir refletir sobre os próximos anos , e se deveria se converter ao cristianismo, que finalmente fez. Ele governou tão gentilmente após sua conversão, que ficou conhecido como Vladimir, o Grande - muito longe de sua vida anterior.
3. São Moisés, o Negro
Século IV dC
Moisés, o negro, foi escravo de um funcionário do governo no Egito, que o demitiu por roubo e assassinato de suspeitos. Ele tornou-se o líder de uma gangue de bandidos que percorriam o vale do Nilo, espalhando terror e violência. Sua estatura era grande e imponente. Em certa ocasião, um homem foi apanhado em um roubo irritou São Moisés imensamente. No dia seguinte, ele nadou através do Nilo (um ato não insignificante) com uma faca em sua boca: sua intenção era matar o sujeito. Quando chegou na casa, o mesmo tinha fugido (este conhecia algumas das façanhas anteriores de Moisés). São Moisés, então, matou quatro das suas ovelhas antes de retornar a faca na boca e nadar de volta. Pouco depois, agentes da lei começaram a caçá-lo e ele fugiu, escondendo-se em um mosteiro. A influência dos monges foi tão grande que ele converteu-se, tornando-se monge.
Mas a história não termina aí. Alguns anos mais tarde, um grupo de ladrões queriam roubar o mosteiro onde São Moisés viva. Ele pegou-os desprevenidos e sozinho, derrotou todos. Ele arrastou os corpos ensanguentados para o monge-chefe, e perguntou o que fazer (sabendo que um monge não mataria). O chefe do mosteiro mandou perdoá-los e enviá-los de volta, surpreendendo os ladrões de tal forma que todos se arrependeram, convertendo-se e tornando-se monges também!
Ele acabou morrendo nas mãos de um grupo de guerreiros que atacaram o convento quando tinha 75 anos - mas não antes de ter conseguido ajudar a fuga de 70 monges. Moisés Negro preferiu ficar para trás, com alguns monges, para lutar contra os guerreiros.
2. São Longino
Século I dC
São Longino foi um soldado do exército romano, de Cesaréia. Passou a vida ganhando seu soldo em batalhas ao longo das terras romanas, e terminou sua vida em Jerusalém , ajudando com várias tarefas que ele era capaz de fazer (ele era quase cego). Uma das tarefas foi a mudança da vida: Longino foi orientado a assistir à crucificação de Jesus. Um bom soldado romano levava seu trabalho a sério e, provou sua capacidade, ganhando sua promoção por fazer um bom trabalho, e foi exatamente esse soldado que perfurou o lado de Jesus enquanto o Messias perecia na cruz. Em outras palavras, Longinus esfaqueou Deus. É preciso ser muito durão para ter a coragem de fazer algo assim.
Sangue e água fluiram para fora da ferida, respingando nos olhos de Longinus, curando sua cegueira, no que declarou: "Na verdade, este era o Filho de Deus!" [Marcos 15:39]. Imediatamente ele deixou o exército, converteu e se tornou um monge. Pouco tempo depois, foi preso por sua fé, seus dentes arrancados e a língua cortada. No entanto, São Longino continuou a falar de forma clara, conseguindo destruir vários ídolos na presença do governador, que, consequentemente, mandou decaptá-lo. Suas relíquias estão na igreja de Santo Agostinho, em Roma, e a lança* que usou para perfurar Jesus está contida em um dos quatro pilares sobre o altar da Basílica de São Pedro em Roma. (*o que nada tem haver com a peça mostrada no filme Constantine)
1. Santa Quitéria
Século II
Esta é o número um na lista, não apenas por ser uma duro-na-queda, mas pelas circunstâncias absolutamente estranhas de sua vida. Santa Quitéria foi uma das nove irmãs gêmeas, todas nascidas no mesmo parto. A mãe das nove gemêas "era uma senhora de alta posição e ficou revoltada por ter dado à luz a nove filhos, como um animal comum e ainda mais, nove filhas e nenhum filho” (filhos eram muito mais valioso). Em um acesso de raiva, exigiu que a enfermeira afogasse os bebês em um rio. A enfermeira não o fez, levando-as para uma vila remota, onde as meninas cresceram juntas. Curiosamente, elas formaram um grupo de guerreiras.
As moças eram cristãs e sua gangue viajava libertando cristãos das prisões. Passaram alguns anos nessa tarefa (além de destruir ídolos romanos), até que foram capturados e devolvidas aos pais, que as reconheceram. Tentaram obriga-las a casar com maridos pagãos romanos como mandava o costume, mas eles se recusaram e foram presas por isso.
Foi então que mostraram como eram duronas: Abriram guerrilha contra o Império Romano. Eventualmente, eram mortas ou assassinadas. Quitéria foi decapitada, e junto a ela, duas de suas irmãs, Marina e Liberata, também tida como santas.
Fonte Listserve
http://www.cristaoconfuso.com/2011/06/os-10-santos-mais-duros-na-queda.html
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Guerreiros de Cristo
Os templários eram religiosos fanáticos, cavaleiros temidos
e banqueiros poderosos, mas nada disso os livrou da morte trágica.
Por Reinaldo José Lopes access_time 12 jan 2018, 19h26 -
Publicado em 31 jan 2006, 22h00
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História
Guerreiros de Cristo
Os templários eram religiosos fanáticos, cavaleiros temidos
e banqueiros poderosos, mas nada disso os livrou da morte trágica.
Por Reinaldo José Lopes access_time 12 jan 2018, 19h26 -
Publicado em 31 jan 2006, 22h00 chat_bubble_outline more_horiz
(Arte/Superinteressante)
Parecia que, depois de meses de cerco debaixo do sol de rachar
da Palestina, a vontade de Deus finalmente se revelava aos cruzados que em 1153 tentavam tomar a cidade de Ascalon.
O fogo ateado pelos próprios muçulmanos que defendiam
a cidade tinha se voltado contra eles e começava a rachar
as pedras da muralha, abrindo uma enorme brecha.
Sem pestanejar, 40 cavaleiros da Ordem dos Templários seguiram o aparente sinal divino e avançaram para tomar a cidade, enquanto
outros membros da ordem barravam a passagem do restante do exército cristão – a glória, pensaram, seria só deles. Em poucos minutos, porém, os islâmicos se deram conta de que lutavam contra apenas um punhado de cavaleiros, cercando e massacrando a todos.
Os corpos dos templários foram pendurados sobre a brecha
consertada da muralha e Ascalon só passou para as mãos
dos cruzados meses depois, por meio de um acordo.
Há quem diga que a estupidez dos cavaleiros foi aumentada por cronistas que não iam muito com a cara dos templários,
mas ela exemplifica com perfeição as características da mais lendária das ordens de cavalaria. Os templários, monges-guerreiros
ferozmente fiéis à Igreja e donos de uma coragem que podia chegar
às raias do suicídio, foram também os primeiros banqueiros da Europa, credores de nobres e papas e senhores de terras.
Foram perseguidos, exterminados e deixaram um rastro de lendas e mistério. Esta é a história deles.
–
(Arte/Superinteressante)
As origens
Os templários – o nome completo é Ordem dos Pobres Cavaleiros
de Cristo e do Templo de Salomão – são filhotes das Cruzadas,
o movimento que levou dezenas de milhares de europeus para lutar
na Palestina e recolocar sob domínio cristão a terra onde Jesus nasceu
e morreu. Para os que embarcaram na empreitada, enfrentar
a morte em batalha por Cristo significava uma passagem de primeira classe para o paraíso. Organização e planejamento nunca foram
o forte desses guerreiros: desconheciam a Palestina e cometeram muitas burradas. Mesmo assim, em 1099, entraram vitoriosos
em Jerusalém. Em teoria, a Terra Santa agora era segura
para os muitos peregrinos que vinham da Europa. Na prática,
o que os primeiros cruzados conseguiram foi um punhado
de cidades que permaneceram cercadas por um mar de muçulmanos.
A segurança dos peregrinos e dos comerciantes era um problema crônico. O devoto escandinavo Saewulf, que viajou para Jerusalém
em 1102, conta que “os sarracenos [muçulmanos] estão sempre armando ciladas para os cristãos (…), à espreita dos que podem
atacar por estarem em grupo pequeno ou daqueles que por cansaço ficam para trás. Ah, o número de corpos humanos que jazem, despedaçados por bestas selvagens…”
O perigo fez alguns nobres dar uma forcinha à defesa da Cidade Santa mesmo depois de conquistada. Um desses sujeitos era um cavaleiro
do norte da França chamado Hugo de Payns, até então um ilustre desconhecido.
Não se sabe exatamente quando nem por que Hugo foi parar em Jerusalém. Alguns relatos dizem que era viúvo e decidira se dedicar
a Deus depois da morte da esposa. Outros historiadores falam
de um massacre especialmente sangrento de peregrinos,
que aconteceu na Páscoa de 1119 e levou o rei de Jerusalém,
Balduíno 2o, a estimular a formação de uma milícia
que protegesse os fiéis – chefiada por Hugo.
Seja como for, o fato é que, naquele mesmo ano,
ele e outros 8 companheiros (a lista dos nomes ainda existe,
e todos parecem ter vindo da nobreza da França) fizeram um juramento sagrado. Os votos eram exatamente os mesmos de qualquer monge
do século 12 ou de hoje: pobreza, obediência e castidade.
Mas a missão deles era surpreendente: assegurar, de espada na mão, que os peregrinos tivessem acesso sem medo aos lugares sagrados.
O rei Balduíno 2o lhes deu como residência parte do que ele julgava ser o Templo de Salomão – na verdade, era a Cúpula da Rocha e a mesquita Al-Aqsa, construídas pelos muçulmanos no lugar onde o templo havia existido na época de Jesus (veja mapa na página 55).
Eis a origem do nome “templários” – o lugar ficou tão identificado
com a ordem que muitos se referiam à ela como “o Templo”.
É aqui que a usina de lendas sobre os templários começa a funcionar
a todo vapor. Pouco se ouve falar das atividades deles, coisa que,
na verdade, atrapalha bastante quem tenta entender como a ordem evoluiu nesse momento crucial. “Os documentos sobre essa fase da história deles são escassos. De 1120 até 1140, tudo é especulativo”,
diz Ellis “Skip” Knox, da Universidade Estadual de Boise, EUA.
Tanto é assim que os mais empolgados falam de uma escavação secreta no terreno do velho templo: Hugo e companhia teriam descoberto algum segredo dos primórdios da cristandade bem debaixo do seu quartel.
Só alguns nobres de alto escalão teriam sido informados do “achado”
e o acobertaram, em conluio com a ordem. O duro é saber que diabos era o tal segredo, porque cada teórico da conspiração tem seu artefato favorito. Alguns falam das relíquias sagradas do templo judaico;
outros, do santo graal; há os que apostam na própria cabeça embalsamada de Jesus Cristo, provando que ele não tinha
ressuscitado nem era divino. Os mais modestos sugerem
que as ruínas do templo deram à ordem conhecimentos secretos
sobre a natureza mística da arquitetura, como forma de criar espaços sagrados e de se comunicar com Deus. Essa sabedoria, depois,
teria sido passada à maçonaria, que originalmente era uma confraria
de mestres construtores.
Para a maioria dos historiadores, porém, o motivo do silêncio
sobre a ordem nesses primeiros anos é bem menos empolgante:
ela ainda não tinha a menor importância (bom, o que você esperava
de 9 cavaleiros querendo brigar com todos os salteadores da Palestina?). Porém, pouco a pouco, a combinação da ajuda
de patronos poderosos e uma boa dose de coragem em batalha começou lentamente a aumentar o poder templário.
Em 1126, Hugo de Payns, então já conhecido pelo título
de grão-mestre (chefe supremo) dos templários, viajou para o
Ocidente para procurar recrutas e buscar apoio oficial da Igreja.
E conseguiu atrair para o seu lado o monge francês Bernardo,
abade de Clairvaux (canonizado como são Bernardo).
O monge era provavelmente o intelectual mais influente da Europa, capaz de convencer papas e imperadores, e também um místico apaixonado.
Em resumo: um trator. “O que Bernardo atacasse estava fadado ao fracasso; o que ele aprovasse florescia”, diz Edward Burman, da Universidade de Leeds, Reino Unido, em seu livro Templários –
Os Cavaleiros de Deus. Bernardo conseguiu a bênção oficial do papa para a ordem. Também elaborou para ela um conjunto de normas
de conduta diária, indispensável para qualquer comunidade religiosa
da época. Ainda havia gente dentro da Igreja que não era exatamente fã da idéia de monges matando em nome da fé.
O futuro santo escreveu então uma carta em que justificava,
com toda a elegância teológica, a guerra em defesa de Jesus.
“O soldado de Cristo (…) é o instrumento de Deus para a punição
dos malfeitores e para a defesa dos justos. Na verdade, quando ele mata malfeitores, não se trata de homicídio, mas de malicídio”,
afirmou Bernardo no Livro para os Soldados do Templo –
Do Louvor do Novo Exército.
Completando o sucesso da missão de Hugo, nobres europeus de vários países fizeram doações de terras e rendas para os templários.
A ordem virou uma instituição realmente internacional, e a única autoridade que realmente estava acima do grão-mestre era o papa.
–
(Arte/Superinteressante)
Apogeu e declínio
“A partir de 1150, o progresso deles é claro”, diz Knox.
Para o historiador, a ordem tinha uma vantagem na bagunça
que era a Terra Santa: ao contrário das grandes famílias de nobres,
a morte individual de membros ou herdeiros era incapaz de destruí-la,
e as batalhas vencidas não traziam reputação para um único membro, mas para toda a confraria. São vantagens, aliás, compartilhadas pelo outro grupo de monges-guerreiros da época, os hospitalários,
com os quais os templários tinham de conviver na Palestina e no Ocidente. O grupo surgiu algumas décadas antes do Templo e seus propósitos iniciais eram, como o nome indica, dar assistência médica
e espiritual aos peregrinos que chegavam a Jerusalém. Com o problema da insegurança, porém, ela passou a oferecer também outro serviço: escolta pelos caminhos da Palestina. De forma parecida com o Templo, foi ganhando controle de fortalezas e castelos. Não é à toa que as duas ordens tenham sido rivais e batido cabeça de vez em quando.
O dia-a-dia dos templários, a julgar pela regra da ordem,
não era muito diferente do de qualquer outro monge. As normas eram duras. Havia dezenas de orações a serem pronunciadas diariamente, e datas semanais e anuais de abstinência de carne ou jejum total. Era proibido fazer a barba, caçar (leões eram permitidos), possuir mais de 3 cavalos (o grão-mestre podia ter 4) e, principalmente, ter qualquer contato com mulheres. A paranóia em relação ao sexo feminino é típica da Idade Média, mas a regra templária pega pesado. Eis o que diz: “A companhia de mulheres é uma coisa perigosa, pois por causa dela o velho Diabo tem desviado muitos do reto caminho do paraíso”. E ainda especificava as mulheres que não se devia beijar: “Viúva, moça, mãe, irmã, tia ou outra qualquer”.
Os dormitórios tinham de ficar sempre iluminados de dia ou de noite
e era preciso dormir de calças e botas – supostamente para que os cavaleiros estivessem sempre prontos para sair na porrada.
Mas esse detalhe também servia para impedir que eles, digamos, resolvessem contornar a falta de mulheres com aquele barbudo da cela ao lado. Em batalha, os templários eram sempre os primeiros a avançar e os últimos a recuar, e a ordem normalmente não pagava resgates caso um de seus homens fosse capturado. Na prática, isso significava quase sempre uma sentença de morte para o cavaleiro aprisionado.
As punições para quem pisasse na bola eram severas: ser açoitado, posto a ferros ou obrigado a comer comida do chão, feito cachorro. Os detalhes da ordem não podiam ser comentados fora do mosteiro: ela gostava de manter segredo sobre seus planos, o que deu munição, mais tarde, para que seus inimigos afirmassem que ela praticava rituais sinistros ou imorais.
A prosperidade da ordem fez os templários se afastar da missão inicial: proteger os peregrinos. Ao lado dos hospitalários, os cavaleiros do Templo se tornaram a espinha dorsal do Exército do Reino de Jerusalém. No Ocidente, a ordem virou o protótipo dos bancos atuais, emprestando seus consideráveis bens a juros (leia quadro na página 51).
A nova situação da ordem atraiu críticas. Muita gente começou a achar estranho que sujeitos auto-apelidados de “pobres cavaleiros de Cristo” fossem donos de cerca de 9 mil propriedades na Europa e na Palestina. Já os soberanos de Jerusalém, depois de perceber que precisavam negociar com os muçulmanos se quisessem permanecer na região, reclamavam da desobediência e da cabeça-dura dos templários. “Intolerantes? Com certeza, embora até os templários estivessem dispostos a lutar ao lado de muçulmanos se um perigo maior estivesse presente. Teimosos? Sim, e eram famosos por isso. Temerários? Bem, sim, mas muitos outros cavaleiros também o eram. As pessoas da época, inclusive os muçulmanos, chamavam isso de bravura”, diz Knox.
O fato é que as supostas falhas de caráter dos templários não foram tão importantes enquanto o Reino de Jerusalém estava bem das pernas.
A situação, porém, foi se alterando ao longo dos anos 1170, com
a chegada ao poder do líder muçulmano Saladino.
Ele conseguiu trazer para o seu controle tanto a Síria quanto o Egito, deixando as terras cruzadas, na prática, cercadas por um único império.
O estopim para a guerra total veio quando uma força liderada pelo filho de Saladino pediu permissão para atravessar pacificamente a Galiléia e o senhor da região, Raimundo de Trípoli, a concedeu.
Mas o grão-mestre de então, Gérard de Ridefort, ao saber do fato, resolveu emboscar os islâmicos. Tanto o chefe dos hospitalários
quanto o vice de Ridefort, marechal Jacques de Mailly, tentaram fazer com que ele desistisse, porque o Exército muçulmano era grande. Ridefort acusou a dupla de covardia e ainda cutucou Mailly:
“Vós amais em demasia vossa cabeça loura para querer perdê-la”.
E partiu para o ataque com só 90 cavaleiros.
Se havia algum covarde ali, certamente não era Jacques de Mailly,
que morreu lutando no mesmo dia. Já Ridefort tomou uma sova e fugiu, enquanto o furioso Saladino reunia sua força total para atacar o reino.
A batalha decisiva varreu do mapa as forças cristãs. Saladino poupou
o rei e o grão-mestre dos templários, mas não os demais monges-cavaleiros. Ao amanhecer, 230 cavaleiros do Templo foram decapitados. Em 2 de outubro de 1187, Saladino entrou triunfalmente em Jerusalém.
Não era o fim – ainda. Os cristãos mantiveram algumas possessões no litoral da Palestina e foram reconquistando o território, chegando
até a retomar Jerusalém por um tempo. Ao longo do século 13, porém, as forças se tornaram dependentes da vinda constante de cruzados
da Europa e da desorganização dos muçulmanos. O reino foi se tornando cada vez mais nanico e mudou sua capital para a cidade de Acre, onde recaiu o ataque decisivo muçulmano, em 1291.
A bravura da ordem se revelou como nunca: o próprio grão-mestre, Guilherme de Beaujeu, morreu em combate. Quando os cristãos evacuaram a Terra Santa, a última fortaleza a resistir, por cerca
de 12 anos, era templária e ficava na ilha de Ruad. No fim, porém,
a única saída foi abandoná-la.
A queda
–
(Arte/Superinteressante)
Um desastre como a perda da Terra Santa costuma ser a deixa
para buscar um bode expiatório, e boa parte dos dedos da Europa se puseram a apontar para templários e hospitalários. A falta de obediência, a rivalidade entre elas e até uma suposta falta de coragem foram duramente criticadas, e muitos intelectuais e religiosos propunham que elas fossem fundidas, ou então dissolvidas para que
se criasse uma nova ordem. Os templários, liderados por um novo grão-mestre, Jacques de Molay, resistiram a essas medidas. E, por algum tempo, o papado ficou do lado deles, ajudando mesmo a arrecadar novos fundos para combates no Oriente.
Na época, a França era o reino mais poderoso da Europa, e seu soberano, Filipe, o Belo, tinha seus próprios planos para o papado
e os templários. Sua influência sobre a Igreja levou à eleição de um francês, Clemente 5o, como papa em 1305. Clemente nem chegou a ir para Roma, passando toda a sua carreira na França. Logo ficou claro que Filipe exercia pressão para garantir seus interesses.
Um dos projetos do rei era unir as ordens, de preferência transformando a si mesmo em grão-mestre, e assim liderar uma nova cruzada para retomar Jerusalém. O plano não foi em frente e Filipe decidiu tomar medidas drásticas: em 1307, ordenou secretamente a prisão de todos os 15 mil templários da França. As razões exatas para que resolvesse acabar com o Templo não são muito claras, mas tudo indica que ele desejava tomar posse das consideráveis propriedades dele e talvez
visse as derrotas na Terra Santa como uma deixa propícia para atacar.
O próprio Jacques de Molay foi preso dias depois de ajudar a carregar o caixão da cunhada do rei. Para se ter uma idéia da ingenuidade do chefe templário, ele tinha pedido ao papa, no mesmo ano, que investigasse alguns boatos caluniosos contra os templários – pelo jeito, já era a campanha difamatória de Filipe em ação. A acusação oficial era previsível: heresia. Crimes “horríveis de contemplar, terríveis de ouvir, uma obra abominável, uma desgraça detestável, uma coisa quase inumana, na verdade desprezada por toda a humanidade”, diz a ordem de prisão.
A linguagem deixa claro que tudo não passava de perseguição política. Era uma receita prática para se livrar de gente incômoda.
Tanto é assim que as acusações – renegar Cristo e cuspir em imagens dele, praticar sodomia ritual e adorar um misterioso ídolo de 3 cabeças ou com forma de gato ou bode chamado Baphomet – aparecem, com poucas mudanças, em todos os outros processos contra heréticos da época. Quase nenhum historiador vê traços de verdade nessas histórias. Há quem suponha que o tal Baphomet fosse, na verdade, a relíquia de algum santo, ou que a negação de Cristo fosse parte de técnicas templárias para escapar com vida das prisões muçulmanas fingindo ter se convertido, mas a história da ordem não parece apoiar essas especulações.
O fato é que até o papa Clemente 5o criticou as prisões arbitrárias.
Um processo papal foi instalado para averiguar as acusações – muitos templários confessaram sua culpa induzidos por tortura e depois voltaram atrás diante dos enviados de Clemente. A ideia foi corajosa, mas resultou na morte de 54 membros da ordem: segundo as regras da Inquisição, hereges confessos que voltassem atrás deveriam ser imediatamente executados. Jacques de Molay, que era analfabeto e pelo visto não muito inteligente, disse que não tinha estudo suficiente para servir de advogado da ordem. Ficou à espera de que o papa o salvasse.
A investigação papal em toda a Europa achou pouquíssimas provas de heresia. Mas a pressão de Filipe continuava, e Clemente 5o acabou concordando com a dissolução da ordem em 1311. O rei conseguiu alguns bens dos templários, mas de forma clandestina: a decisão do papa foi legá-los aos hospitalários, enquanto os ex-cavaleiros entravam para mosteiros de outras ordens ou se tornavam mercenários.
Mesmo extintos, os templários ainda dariam origem a mais uma lenda: a de que a perseguição apenas fez os membros mais importantes sair de cena e continuar a promover seus interesses místicos em segredo. Para isso, teriam se ligado ao Priorado de Sião, uma ordem que permaneceria até hoje e que teria tido, entre seus líderes, o pintor Leonardo Da Vinci e o físico Isaac Newton. O grupo guardaria os principais segredos da origem do cristianismo, como o graal e a linhagem de supostos descendentes de Jesus e Maria Madalena. A história, divulgada em livros como O Código Da Vinci, é uma das principais responsáveis pelo renascimento do interesse nos templários. O problema é que documentos que provem a existência do Priorado de Sião são raríssimos, e os que o ligam aos templários, inexistentes. Para os pesquisadores sérios, nada disso faz sentido.
O fim dos templários, no entanto, não foi desprovido de mistério.
Na cadeia, Jacques de Molay e seu companheiro Geoffroy de Charney tiveram um último gesto de coragem: renegaram sua confissão de heresia. E, numa pequena ilha do rio Sena, os dois pereceram na fogueira em 1314. Reza a lenda que Jacques de Molay convocou o rei
e o papa a comparecer diante do tribunal de Deus antes que o ano terminasse. Pelo visto, praga de templário pega: Filipe, o Belo, e Clemente 5o morreram antes que 1314 findasse.
Os homens do dinheiro
Nos primórdios dos bancos europeus – quando a expressão “fazer um depósito” significava literalmente depositar metais preciosos, cereais ou até escravos numa instalação segura para que eles fossem guardados –, os templários desempenhavam papel fundamental para a economia do Ocidente e da Terra Santa. É difícil saber exatamente como eles acabaram abraçando esse negócio, embora a própria natureza da ordem favorecesse esse caminho, de certa forma.
“Assim como aconteceu em outras épocas em cidades como Veneza
e Gênova, estar dividido entre dois centros econômicos parece levar de forma bastante natural à necessidade de desenvolver mecanismos para transferir grandes quantidades de dinheiro entre um lugar e outro”,
diz Ellis “Skip” Knox, da Universidade de Boise, EUA.
Os serviços oferecidos pela ordem eram variados e, segundo a reputação deles na época, confiáveis. Um nobre que fizesse uma doação em dinheiro ou terra para os templários podia estipular, por exemplo, que a quantia ou o imóvel devia ser utilizado para prover o sustento
de sua esposa e filhos quando ele morresse. Quem depositasse bens numa casa templária do Ocidente e rumasse para a Terra Santa tinha
o direito de retirar quantias equivalentes quando chegasse lá. E, por quase sempre dispor de somas substanciais de dinheiro vivo, a ordem estava em posição privilegiada para realizar empréstimos, criando uma clientela fiel entre a alta nobreza e o clero. Um detalhe interessante é que os empréstimos, claro, eram feitos a juros – prática condenada oficialmente pela Igreja da época.
Fé e espada
Quem eram as pessoas quecombatiam em nome de Cristo
Padre templário
Os membros combatentes da ordem, apesar de sua formação de monge, eram quase sempre analfabetos e com pouco conhecimento de teologia ou das escrituras. Por isso, as missas, confissões e outras cerimônias religiosas eram presididas por padres que viviam nos estabelecimentos templários.
Cavaleiro templário
Quase sempre de origem nobre, era o membro da ordem por excelência: tanto um guerreiro experiente, treinado para combater
a cavalo com armadura pesada, quanto um monge ordenado,
com votos de pobreza, obediência e castidade. Usava um manto
branco com a cruz vermelha. Dificilmente correspondiam a mais
de 10% dos membros.
Soldado templário
Os templários também recrutavam soldados leigos, que não eram monges e, na Terra Santa, podiam ser até cristãos de origem síria. Usavam mantos e seus oficiais eram chamados de sargentos.
Nenhum deles era obrigado a seguir os votos dos cavaleiros
e alguns eram até casados. Havia também irmãos leigos
que realizavam tarefas domésticas.
Cavaleiro hospitalário
Os membros da outra ordem militar-religiosa da Palestina levavam
vida dupla, ao contrário dos templários: dedicavam-se tanto
a alojar doentes e peregrinos no Hospital de São João de Jerusalém
(daí o nome) quanto a combater os infiéis como cavaleiros.
A ordem mudou sua sede para Rodes e depois para Malta, durando
até o começo do século 19.
O mundo templário
A área de influênciae o poder econômico dosmonges-cavaleiros
Grandes centros
A França foi o berço dos primeiros templários e o lugar que mais ofereceu recrutas e propriedades à ordem. Mas o centro comercial
e financeiro deles na Europa era a Inglaterra, onde se envolviam fortemente até na agricultura local.
Área de ataque
Não era preciso ir à Terra Santa para combater os infiéis:
bem ali na Europa, os cristãos da península Ibérica lutavam
contra islâmicos. Essas regiões passaram a contar com castelos
dos templários já na segunda década de existência da ordem.
Terra Santa
De uma modesta base em Jerusalém, os templários dominaram
uma rede de castelos na Palestina graças ao sucesso na guerra.
Além de importantes militarmente, esses pontos garantiam
o domínio sobre rotas de comércio, rebanhos e plantações –
caso em que a ordem se tornava a senhora feudal local.
A Arca, o Graal e tudo mais
“Todo louco mais cedo ou mais tarde acaba vindo com essa
dos templários. Há também loucos sem templários, mas os de templários são mais traiçoeiros”, diz um dos personagens do romance
O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco.
Tantas besteiras foram escritas sobre esses cavaleiros nos últimos 250 anos que quase se tem a impressão de que toda conspiração precisa
de alguma forma envolver a ordem. A maçonaria, por exemplo,
teria se originado de mestres pedreiros que aprenderam com os templários as técnicas secretas que guiaram a construção do Templo
de Salomão. (Parece que ninguém prestou atenção no fato de que o templo estava destruído fazia mais de 1 000 anos quando o primeiro templário pôs os pés na Terra Santa.) Os supostos rituais heréticos
em torno de Baphomet seriam, na verdade, a adoração da cabeça embalsamada de Jesus Cristo. A lista não tem fim, mas até onde
os historiadores puderam pesquisar, não há um só fiapo de evidência confiável nessas teorias.
Mas por que justamente os templários foram despertar tantas lendas? “Um dos fatores que deve ter estimulado é a paixão dos escritores românticos do século 19 por coisas medievais, pois os mitos, na verdade, se originaram nessa época. Outro é a falta de fontes sobre
os anos iniciais dos templários. Isso dá aos criadores de lendas muito espaço para trabalhar”, afirma Knox. O fim da ordem também não ajudou: várias das acusações falsas feitas a eles por Filipe, o Belo, acabaram reforçando a ideia de que os cavaleiros seguiam algum
tipo de culto místico pré-cristão. E a lenda permanece até hoje.
Um novo Templo
A sede dos templários em Jerusalém, feita sobre as ruínas do Templo
de Salomão
O sinete
Um dos símbolos da ordem é o emblema dos dois homens no mesmo cavalo, para mostrar que a pobreza não permitia uma montaria para cada um. Foi usado depois para acusar a ordem de homossexualismo.
A moradia
A planta baixa da Cúpula da Rocha, parte da sede da Ordem, lembrava o sinal da cruz e inspirou várias igrejas templárias no Ocidente.
Os cavaleiros acreditavam que ela refletia as linhas do templo de Salomão.
Para o além-mar
A perseguição não atingiu da mesma maneira os templários de toda
a Europa. Fora da França, a tortura foi menos usada para extrair confissões dos cavaleiros. Por isso, pode-se supor que foi com
a honra intacta que alguns deles ingressaram na nova ordem criada
por dom Dinis, rei de Portugal, em 1318: a Ordem de Cristo.
Na verdade, não há consenso entre os historiadores sobre
a composição da nova confraria: para alguns, os templários
portugueses (presentes no país desde os tempos de Hugo de Payns) teriam trocado de nome. De qualquer maneira, a Ordem de Cristo herdou todas as propriedades e fortalezas de sua antecessora,
assim como os votos de pobreza, castidade e obediência
(ao rei de Portugal, que claramente não era bobo).
Ao longo do século seguinte, os consideráveis recursos militares
e econômicos da ordem, que passou a ser comandada pelo infante (príncipe) dom Henrique, foram direcionados para a expansão marítima portuguesa, que estava ganhando impulso. A Ordem de Cristo
ganharia soberania sobre os territórios que conquistasse na África,
bem como direito a 5% do valor das mercadorias vindas da região.
Novas mudanças liberaram os cavaleiros de seu voto de castidade pobreza, permitindo que navegadores como Pedro Álvares Cabral Vasco da Gama se tornassem membros da Ordem de Cristo.
Os navios que aportaram no Brasil pela primeira vez traziam
em suas velas o emblema da confraria, aparentemente
uma versão modificada da antiga cruz templária.
Para saber mais
Os Templários – Piers Paul Read, Imago, 2000
Templários – Os Cavaleiros de Deus – Edward Burman, Nova Era, 1997
Os Cavaleiros de Cristo – Alain Demurger, Jorge Zahar, 2002
História Ilustrada das Cruzadas – W.B. Bartlett, Ediouro, 2003