TRIBUTO À MULHER AMADA
O céu coberto pelas nuvens negras forçava-me a caminhar sem qualquer destino. Eram as núpcias de um destino arrasador com a dor e um coração ferido.
Sentei sobre as gramas verdes à beira do rio, marcando os minutos, sem nada acontecer e pensando nas estrelas que para tantos brilhavam alçando os vôos altos como se fossem águias velhas, cheias de experiências.
Coloquei sobre o mais alto pedestal o sonho da conquista, do qual observei o encontro com a lua cheia e irradiante.
Das verdes gramas, ao tapete negro de asfalto caminhei e por caminhos deixei o canto da liberdade, que levado aos ventos iam em todas as direções.
Estigmas de dor faziam-me companhias a cada fronteira do acaso por onde estive, mas somente a vontade de vencer agora mostrava a direção do sol.
Um dia voltei à beira do rio, e, naquele mesmo lugar, onde o verde das gramas e o azul das águas claras do rio confundiam meu olhar, vi a força enigmática de um coração sorridente e cheio de vida.
A ternura da mulher parceira que me encobria de razão,vi também a mulher guerreira, decidida, saboreando conquistas que estavam por vir, como se estivese dentro de si o poder mágico de prever o futuro.
Nesse mesmo lugar, mantive meu silêncio, encobrindo o suor frio que marcava o corpo na tarde misteriosa de verão.
Não era um novo tempo que nascia, após as nuvens negras que passavam, era o sol que apenas deu uma trégua e resolvia aparecer.
E nesse mistério fenomenal, não só a mulher parceira, guerreira, decidida; a mulher amiga, a mulher irmã apareciam, apareceu decidida a ficar num sorriso singelo a razão do meu viver, que para tantas obras o acaso esteve lá presente em todos os momento e caminhou na minha sombra, mesmo na escuridão.
Com sorriso de menina, com firmeza de mulher está na minha caminhada, na minha vida, no meu coração, LU da minha vida, a minha razão.