A quem se imolou em prol da Primavera Árabe.... MOHAMED BOUAZIZI

Em dezembro, um jovem tunisiano Mohamed Bouazizi, que apesar do grau universitário não havia conseguido emprego na área que estudou e vendia frutas para sustentar a numerosa família se imolou em Sidi Bouzid, na Tunísia, após ter seu carrinho confiscado. Sua morte provocou protestos no país e, após uma semana, o presidente Zine al-Abidine Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita.

Dias depois, a Praça Tahrir, no Cairo, convertia-se no palco de manifestações em que milhares de egípcios desafiavam o governo. Em menos de um mês, o presidente Hosni Mubarak, aliado estratégico de Washington, era varrido do poder.

As revoluções se espalharam do Iêmen à Jordânia, do Bahrein à Síria, da Arábia Saudita ao Irã. Exatos três meses após a imolação na Tunísia, a ONU autorizava uma intervenção na Líbia, que culminou na morte do ditador Muamar Kadafi.

Descubra o destino dos ditadores da Primavera Árabe

No dia em que Hosni Mubarak foi condenado a prisão perpétua por um tribunal egípcio por ter mandado matar 800 manifestantes nos primeiros dias da revolta que levou à sua queda, em 2011, após 30 anos no poder, saiba o que aconteceu ao tunisino Ben Ali, ao líbio Muammar Kadhafi e ao iemenita Ali Saleh.

MÉDIO ORIENTE

Centenas de pessoas concentradas na praça Tahrir

MÉDIO ORIENTE

Mubarak teve crise cardíaca ao chegar à prisão

BEN ALI - À frente da Tunísia durante 24 anos, Ben Ali foi a primeira vítima da Pramavera Árabe. A 14 de fevereiro de 2011, fugiu do país para escapar a uma revolta popular. Julgado à revelia, foi condenado a 35 anos de prisão e é alvo de um mandado internacional. Vive na Arábia Saudita.

MUAMMAR KADHAFI - Esteve no poder na Líbia durante 42 anos. O coronel resistiu durante meses a uma rebelião nacional apoiada por uma operação militar da NATO. Derrubado em agosto de 2011 e capturado em outubro, foi assassinado, sem direito a qualquer julgamento.

ALI SALEH - Após três décadas de poder autocrático no Iémen, o general Saleh enfrentou uma rebelião popular. Após vários episódios de violência, entre os quais um ataque ao palácio presidencial, a sua situação tornou-se insustentável. O regime resistiu quase um ano, mas Saleh reconheceu a derrota e afastou-se já em 2012. O ex-líder iemenita vive no exílio.

HOSNI MUBARAK - Presidente do Egito desde 1981, o general foi derrubado a 11 de fevereiro de 2011 por uma revolta popular. Acusado da morte de 800 manifestantes, foi julgado e condenado hoje a prisão perpétua. Ao ser transferido para a prisão, terá sofrido uma crise cardíaca.