Ao Meu Mestre
Têm dias que a sala é uma fuga da realidade;
Têm dias que escolhemos fugir das dificuldades;
E nesta vida, que é uma constante tempestade;
De idas e chegadas; hoje tivemos que nos despedir;
E deixar o amigo de Sausse seguir...
Por um caminho que ninguém sabe;
Por um caminho que ninguém conhece;
O desejo clama e resplandece;
O corpo não obedece e não amadurece;
Ficar sem você ninguém merece.
Eu nem sabia o que era um linguista;
E logo quis virá protagonista;
Encontrei nessa cadeira;
A melhor maneira;
De deixar a estranheza;
Virá beleza em meras palavras.
Hoje vou escrever sobre o professor gozado;
O mesmo que parece um et adaptado;
Um ser engraçado e determinado;
O que foi desafiado a nos ensinar;
A conhecer e valorizar;
A nossa rica maneira de falar.
Para o nosso coração trouxe;
O tal estudioso Sausse;
O que gerou sonhos;
Um pouco enfadonhos;
Para num dizer medonhos.
Quando aqui chegamos;
Quase que choramos;
Ao ouvir falar do Adilio temível;
Que na verdade é só um incrível;
Erudito mal compreendido.
Numa noite fria e no silencio ;
De uma sala vazia;
Num cenário meio fictício;
A tristeza estava no seu olhar;
E todos a te abraçar.
Tinha tanto para falar;
Mas só conseguir te abraçar;
Sentir a minha alma calar;
Os nossos olhares a se encontrar;
A discípula com vontade de chorar;
Ao deixar o melhor mestre;
Do semestre,ali a seguir...