MORREU A SIMPLICIDADE

Nada que dissermos, nesta hora, serve de consolação ou alívio. Se o faço é por deferência. Acredito que Ednaldo mereça o registro da partida. Sei que este obituário, não redima os seus erros; até porque, a morte já o fez. Não intenciono, também, resgatar o homem bom; pois Deus já o fez. A crônica de sua passagem é apenas um testemunho. Peço agora em tom de oração para os que ficam: - Escolham uma virtude de Ednaldo e guarde-a na lembrança; eleja, também, uma desgraça e enterre-a com ele. Se a morte, de quem quer que seja, deixa a humanidade mais triste; imagine quando ela se apresenta para alguém do nosso convívio. Por mais acautelados que somos, haveremos de nos descuidar. E esse desmazelo pode ser fatal. Assim como foi para Ednaldo... Ednaldo de Dalva; Ednaldo de Cruzeta; Ednaldo da simplicidade... Mesmo o conhecendo tão pouco, sinto que fui tocado por ele. As palavras criam movimentos, mas os exemplos inspiram. Foi aquele abraço apertado na chegada? Ou foi o aceno quando da despedida? Não sei, Ednaldo... – Digo, apenas, que o que recebo feito lição, eu agradeço eternamente.

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Que as lágrimas derramadas, em seu velório, sirvam de reflexão para os dias de hoje; e que cada curva não sinalizada de nossas vidas, receba o seu nome, em reconhecimento pelo seu legado de homem simples. 16 de novembro de 2015, dia de Nosso Senhor...

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 03/07/2018
Código do texto: T6380048
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