RERI BARRETTO EM MEMÓRIA

Recebi há pouco, a notícia da partida do confrade Reri Barretto. Relendo alguns dos muitos diálogos que travávamos por aqui, não posso deixar de registrar seu excelente humor.

Sorria amigo Reri! Mate esses anjos de rir! Rericite hoje é no céu!

Eis alguns dos nossos bons papos:

Saudades desse ladrão

Que só roubava bujão

Os caras do petrolão

Roubaram o gás da nação...

(Rindo muito, eu e ele, do inocente “Dedé - O Ladrão de Botijão”.)

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Toda semelhança ou aparência

Com a gang que tomou de assalto

O conjunto nacional e o planalto

Será , ou não será, coincidência?

Ocorre é que malandros andam pondo

A culpa no inocente do Redondo

Pra 'aquela roubalheira e indecência

O fato, me acredite, criatura

É que os tais gatunos de plantão

Imitam, à perfeição, a assinatura

Enquanto surrupiam a nação

De novo o que inocenta o teu Redondo

É o porte e a grandeza deste rombo

Que hoje anda perto de um trilhão

(A volta ao tema que adorávamos, desta feita com "Redondo- O Famoso Ladrão do Conjunto Bugio". Que deixava uma mal-cheirosa assinatura por onde passava.)

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Quero mandar uma rima

Pros políticos de plantão

Pra aqueles que estão de cima

E pros de oposição

Façam como Seu Chumbinho

Bebam o próprio veneninho

E morram pela nação

Acabem com este pantim

De ser falso com o eleitor

Não sejam qual Jacintim

Embusteiro e sem pudor

Ou como Mandacaru

Que aproveita o rebu

Pra roubar a seu favor

Abandonem o fingimento

Que é só durante a eleição

Demonstrem algum sentimento

Pelo pobre cidadão

E façam qual Jaburu

Vão tudo tomar xuxu

Que é remédio pra pressão

(Aqui, conhecíamos bem o velho filme: "Políticos Começam Catar Votos". Filme, aliás, sem artistas!)

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Deve sentir grande alívio

Vez que foi de há muito embora

Não foi forçado ao convívio

Com os camaradas de agora

Hoje sepultam a esperança

Junto ao petê na lambança

Jogaram a vergonha fora

(Prestes a desistir, falamos juntos de decepções e esperança; "Luis Carlos Prestes e a Armadura do Cavaleiro da Esperança".)

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Ladrão que rouba presunto

Vai prestar conta ao defunto

Na cidade de pé junto

(Provocado por Barretto, até reviramos defuntos em "Ferrugem, O Rei dos Defuntos".)

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Já eusinho aqui, até aceitaria o metro e seus avanços. Não abriria mão (ou pé) porém , da minha bola Pelé, minha primeira depois das de meia, pegava uma bomba! E ainda dava dois chapéus depois de furada. Senti o cheirinho de plástico queimando enquanto a cirurgiava.

Brava e rara gente rericitense, sem bola Pelé não dá!

Parabéns craque da Rerilandia (aposto que batias um bolão... bola Pelé, é claro!)

FORA FIFA !

É MEU PALPITE !

DIGNIDADE NÃO SE RIFA !

VIVAS DOU A RERICITE

(Voltei a infância com sua bola Pelé e previmos o desastre de 2014 em:

"Reri City é Descartada como Subsede da Copa do Mundo".)

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Brasil das capitanias

Uma pátria adolescente

Nação de oligarquias

De um povo sempre carente

Mas é feliz acredite

Como a tua Rericite

(Sem talento para acompanhar sua boa crônica, rimava para alegrá-lo - "Sergipe de Augusto Franco". Como se fosse preciso...)

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Saudades de Rericite

Noventa dias sem fala

Não queira que eu acredite

Que foi por causa da mala

Nem mesmo na ditadura

Em tempos vis de censura

O bom cronista se cala

(Brincando com "O Homem da Mala Preta de Rericity". Diversão pura!)

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Sentirei tua falta Reri! Viramos irmãos pelas letras. Vou guardar teu sorriso largo em meu peito estreito...

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 26/06/2018
Reeditado em 26/06/2018
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